Mais de 8 mil advogados denunciam “medida de exceção” na prisão de Jair Bolsonaro

Mais de 8 mil advogados do Movimento Advogados de Direita Brasil se manifestaram nesta terça-feira (14) contra a manutenção da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em nota, o grupo classificou a medida como “uma clara violação ao Estado de Direito” e “um ato de exceção travestido de legalidade”.

Os advogados afirmam que a decisão de Moraes desrespeita garantias constitucionais fundamentais e que Bolsonaro está sendo submetido a restrições desproporcionais, sem condenação transitada em julgado. “Não se trata de um ato isolado, mas de um padrão preocupante de perseguição jurídica a adversários políticos”, diz o texto do movimento.

O caso reacendeu o debate sobre a atuação do STF em temas sensíveis da política nacional. Parlamentares da oposição classificam a prisão como arbitrária e denunciam “ativismo judicial”. O deputado Eduardo Bolsonaro, por exemplo, afirmou que “a escalada autoritária chegou a um ponto insustentável” e que “a defesa do Estado de Direito passa por resistir a esses abusos”.

Para aliados do ex-presidente, a reação da advocacia organizada mostra que o caso ultrapassa fronteiras ideológicas e levanta questionamentos sérios sobre os limites da atuação judicial no país.