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Maquiadores no gabinete? Contratação de assessores de Erika Hilton entra na mira do TCU

Maquiadores no gabinete? Contratação de assessores de Erika Hilton entra na mira do TCU

Subprocurador aponta possível desvio de função; deputada fala em perseguição política e defende atuação dos assessores

Por: Redação

27/06/2025 às 07:38

O maquiador Ronaldo Hass é um dos servidores nomeados no gabinete da deputada Erika Hilton

Foto: Reprodução/Instagram

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), protocolou na quarta-feira (25) uma representação questionando a contratação de dois assessores do gabinete da deputada federal Erika Hilton (Psol-SP). Segundo o documento, os servidores, nomeados oficialmente como secretários parlamentares, estariam exercendo funções típicas de maquiadores.

A denúncia levanta suspeitas de que Ronaldo Hass e Índy Montiel foram contratados por sua experiência na área da estética, e não pelas atribuições parlamentares previstas. “Verifica-se que os assessores, apesar de alegações em sentido contrário, foram contratados por sua qualificação como maquiadores”, afirma a representação.

Para Furtado, o caso configura possível desvio de finalidade, o que exigiria, se comprovado, o ressarcimento de eventuais prejuízos aos cofres públicos. O episódio também já motivou uma representação contra a deputada no Conselho de Ética da Câmara, movida pelo deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP).

Em defesa publicada nas redes sociais na terça-feira (24), Erika Hilton classificou a controvérsia como “perseguição política” e uma “invenção”. Segundo a deputada, os dois secretários cumprem funções institucionais, participam de audiências, relatórios e agendas públicas. “Quando podem, fazem minha maquiagem e eu os credito por isso. Mas se não fizessem, continuariam sendo meus secretários parlamentares”, justificou.

Ronaldo Hass recebe atualmente um salário de R$ 9.678,22. Índy Montiel, R$ 2.126,59. Embora a deputada defenda que ambos têm múltiplas funções, o regimento interno da Câmara dos Deputados veda expressamente a contratação de serviços de caráter particular nas dependências da Casa.

Hilton também apontou que o ataque se insere num movimento mais amplo de deslegitimação de seu mandato, principalmente por setores que se opõem a suas pautas. Em tom combativo, concluiu: “Que a indigestão dessa gente comigo continue se acumulando. Porque aqui, eu e meu gabinete continuaremos trabalhando.”

Caso o TCU confirme o uso indevido de recursos, o episódio pode se tornar mais um ruído na já ruidosa relação entre o Congresso e o governo — que, mesmo indiretamente, volta a ser pressionado por nomeações e gastos mal explicados.

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