Ministério Público da Itália apoia extradição de Carla Zambelli ao Brasil
Decisão final caberá à Justiça e ao Ministério da Itália; deputada foi condenada pelo STF e está presa desde julho sob risco de fuga
Por: Redação
22/10/2025 às 18:09

Foto: Lula Marques/ EBC
O Ministério Público da Itália se manifestou a favor da extradição da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) ao Brasil. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (22) pela Advocacia-Geral da União, que atua no processo para que a parlamentar cumpra as penas impostas pelo Supremo Tribunal Federal.
Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por invadir os sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a 5 anos e 3 meses por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. Ela está detida na Itália desde 29 de julho e passou por audiências no Tribunal de Apelações de Roma, que manteve a prisão preventiva diante do “grau máximo” de risco de fuga.
Trâmite da extradição
O parecer favorável do MP não é vinculante — ou seja, não obriga a Corte a decidir no mesmo sentido. Agora, o caso segue para julgamento na Corte de Apelações de Roma, que decidirá se autoriza ou não a extradição. A decisão final, entretanto, caberá ao Ministério da Justiça da Itália.
O processo é regido pelo tratado bilateral de extradição firmado entre Brasil e Itália em 1989. A legislação italiana permite a extradição de cidadãos do país desde que haja tratado específico e que não se trate de crime político.
Condenações e fuga
Após deixar o Brasil em junho, Zambelli foi incluída na lista vermelha da Interpol, a pedido do ministro Alexandre de Moraes. Além das condenações criminais, a parlamentar também foi multada em 400 salários mínimos, com correção monetária, por perseguição armada a um jornalista na véspera do segundo turno das eleições de 2022.
Para aliados de Zambelli e parlamentares de direita, a ofensiva judicial contra a deputada simboliza um ambiente de desequilíbrio institucional e perseguição política no Brasil. Já para juristas alinhados ao governo, a extradição reforçaria a cooperação internacional no cumprimento de decisões judiciais.
Enquanto isso, o caso mantém a deputada no centro da cena política e jurídica — e tende a acirrar ainda mais o embate entre o STF e setores conservadores do país.
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