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Ministros do STF buscaram informalmente contatos nos EUA para mapear possíveis retaliações
Ministros do STF buscaram informalmente contatos nos EUA para mapear possíveis retaliações
Por: Redação
09/08/2025 às 16:57

Foto: Gustavo Moreno / STF
Fontes informam que integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) tentaram, nas últimas semanas, estabelecer contato com autoridades americanas para entender se estavam sendo alvo de retaliações do governo dos Estados Unidos. O objetivo das abordagens — que envolveram congressistas republicanos e membros do meio acadêmico — era avaliar o impacto das sanções desencadeadas pela aplicação da Lei Magnitsky, que atingiu o ministro Alexandre de Moraes e seus aliados.
Contudo, as tentativas não tiveram êxito. A avaliação interna é a de que poucos estrangeiros teriam acesso real aos planos da Casa Branca, o que teria tornado qualquer prévia comunicação frágil e instável.
A preocupação dos magistrados surge na sequência da inclusão de Moraes na lista de sanções americanas. A Lei Magnitsky, concebida originalmente para punir violações de direitos humanos, acabou sendo usada para penalizar o ministro por decisões polêmicas que englobam prisões preventivas de bolsonaristas e bloqueios de contas bancárias, ações consideradas excessivas por setores do governo dos EUA.
Apesar de ainda não haver informação sobre suspensão de vistos ou rescisão de benefícios, a insegurança diante da ampliação das sanções fez com que a maioria dos ministros do STF optasse por demonstrar apoio institucional a Moraes, e evitar situações de exposição — como viagens internacionais — que pudessem resultar em constrangimentos judiciais ou diplomáticos.
O episódio reforça um clima de tensão crescente entre o Judiciário brasileiro e a diplomacia estadunidense, em um momento em que a utilização da lei Magnitsky se expande para além da aplicação original, ganhando contornos geopolíticos.
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