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Ricardo Salles Foto Lula Marques

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta ter&ccedil;a-feira (2) manter na Corte a compet&ecirc;ncia para processar e julgar o deputado federal Ricardo Salles (Novo-SP), ex-ministro do Meio Ambiente no governo Jair Bolsonaro. Salles &eacute; acusado de envolvimento em um suposto esquema de facilita&ccedil;&atilde;o ao contrabando de produtos florestais.
A decis&atilde;o atende a manifesta&ccedil;&atilde;o da Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR) e segue a linha adotada pelo Supremo em casos de foro por prerrogativa de fun&ccedil;&atilde;o. Segundo a jurisprud&ecirc;ncia, crimes supostamente cometidos durante o exerc&iacute;cio do cargo e relacionados &agrave;s fun&ccedil;&otilde;es devem ser julgados pelo STF, mesmo ap&oacute;s a sa&iacute;da do posto ministerial.
Com isso, a Peti&ccedil;&atilde;o (PET) 8.975 foi convertida em A&ccedil;&atilde;o Penal (AP 2.705) contra o ex-ministro.
A medida refor&ccedil;a a estrat&eacute;gia de Moraes e da PGR de manter sob o crivo do STF investiga&ccedil;&otilde;es contra integrantes e ex-integrantes do governo Bolsonaro.

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Lula Fabio Rodrigues Pozzebom Agência Brasil

Na v&eacute;spera do Dia da Independ&ecirc;ncia, o presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) decidiu transformar a tradicional mensagem em rede nacional de r&aacute;dio e TV em um palco de ataques pol&iacute;ticos. No pronunciamento, marcado para a noite deste s&aacute;bado (6), Lula deve criticar abertamente os que chamou de &ldquo;traidores da p&aacute;tria&rdquo; &mdash; numa refer&ecirc;ncia direta ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro est&aacute; nos Estados Unidos desde fevereiro, articulando com membros do governo Donald Trump san&ccedil;&otilde;es contra autoridades brasileiras. O movimento tem incomodado o Planalto, que teme ver exposta a crescente fragilidade internacional de Lula.
Com pouco menos de seis minutos de dura&ccedil;&atilde;o, o v&iacute;deo repete a propaganda da Secom em torno do mote &ldquo;Brasil Soberano&rdquo;, mas na pr&aacute;tica funciona como tentativa de blindagem pol&iacute;tica em meio &agrave;s crises internas. Lula deve ainda se apropriar de conquistas institucionais, como o Pix &mdash; tecnologia desenvolvida pelo Banco Central e que chegou a ser citada at&eacute; pelo governo americano em meio &agrave;s disputas comerciais recentes.
Neste domingo (7), o petista participa do desfile de Independ&ecirc;ncia em Bras&iacute;lia, onde percorrer&aacute; a Esplanada em carro aberto. O evento, que tem como tema central &ldquo;Brasil Soberano&rdquo;, promete mais uma demonstra&ccedil;&atilde;o de propaganda estatal em um momento de baixa popularidade e de embates crescentes com a oposi&ccedil;&atilde;o.

Lula Marcelo Camargo Agência Brasil

O governo dos Estados Unidos estuda impor restri&ccedil;&otilde;es de visto a integrantes das delega&ccedil;&otilde;es do Brasil, Ir&atilde;, Sud&atilde;o e Zimb&aacute;bue durante a Assembleia Geral da ONU, marcada para 22 de setembro, em Nova York. A informa&ccedil;&atilde;o foi revelada pela ag&ecirc;ncia Associated Press (AP) nesta quinta-feira (4), com base em um memorando interno do Departamento de Estado.
As medidas em avalia&ccedil;&atilde;o podem limitar os deslocamentos das delega&ccedil;&otilde;es fora da zona da ONU, ampliando o controle sobre diplomatas e autoridades estrangeiras. O Brasil chama a aten&ccedil;&atilde;o porque sua delega&ccedil;&atilde;o tradicionalmente abre os discursos no evento. Segundo a AP, ainda n&atilde;o est&aacute; claro se a restri&ccedil;&atilde;o atingiria diretamente o presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva ou apenas membros de n&iacute;vel inferior.
O poss&iacute;vel enquadramento do Brasil reflete a deteriora&ccedil;&atilde;o da rela&ccedil;&atilde;o entre Bras&iacute;lia e Washington. Donald Trump tem feito cr&iacute;ticas abertas ao petista, principalmente por causa da persegui&ccedil;&atilde;o judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Enquanto Brasil, Ir&atilde;, Sud&atilde;o e Zimb&aacute;bue entraram no radar, o memorando tamb&eacute;m trouxe uma surpresa: a S&iacute;ria recebeu dispensa de restri&ccedil;&otilde;es que vigoravam h&aacute; mais de uma d&eacute;cada, como parte da estrat&eacute;gia de Trump de reaproxima&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s a queda do ditador Bashar al-Assad.
A quest&atilde;o dos vistos j&aacute; havia provocado tens&atilde;o nas &uacute;ltimas semanas. Em julho, os EUA cancelaram os vistos de oito ministros do STF, entre eles Alexandre de Moraes, Lu&iacute;s Roberto Barroso e Gilmar Mendes, al&eacute;m do procurador-geral Paulo Gonet Branco. Moraes foi ainda alvo da Lei Magnitsky, que pune abusos de direitos humanos e corrup&ccedil;&atilde;o.
No m&ecirc;s seguinte, o consulado americano em S&atilde;o Paulo comunicou &agrave; esposa e &agrave; filha do ministro da Sa&uacute;de, Alexandre Padilha, que seus vistos haviam sido revogados. O mesmo ocorreu com ex-gestores ligados ao programa Mais M&eacute;dicos, acusado de exportar trabalho for&ccedil;ado em parceria com Cuba. Informa&ccedil;&otilde;es de bastidores apontam que at&eacute; o ministro da Justi&ccedil;a, Ricardo Lewandowski, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tamb&eacute;m teriam sido atingidos.

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Integrantes do governo de Donald Trump acompanham de perto as novas den&uacute;ncias feitas por Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, durante audi&ecirc;ncia na Comiss&atilde;o de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica do Senado. Nesta sexta-feira (5), um representante da administra&ccedil;&atilde;o norte-americana confirmou &agrave; coluna de Paulo Cappelli do Metr&oacute;poles: &ldquo;Estamos cientes das alega&ccedil;&otilde;es apresentadas por Eduardo Tagliaferro durante audi&ecirc;ncia p&uacute;blica no Senado brasileiro&rdquo;.
O material entregue pelo ex-assessor pode colocar sob escrut&iacute;nio em Washington servidores que atuaram com Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo interlocutores, san&ccedil;&otilde;es &agrave; advogada Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro, devem ser anunciadas nos pr&oacute;ximos dias, com base na Lei Magnitsky &mdash; legisla&ccedil;&atilde;o que pune viola&ccedil;&otilde;es de direitos humanos.
Tagliaferro declarou ao Metr&oacute;poles que j&aacute; compartilhou com integrantes do Departamento de Estado os documentos que embasam as acusa&ccedil;&otilde;es. Ele tamb&eacute;m articula na Europa, ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para que medidas semelhantes sejam adotadas no continente.
O gabinete de Moraes reagiu com nota oficial, defendendo que todas as determina&ccedil;&otilde;es tomadas em inqu&eacute;ritos no STF e no TSE seguiram &ldquo;tr&acirc;mites regulares e devidamente documentados&rdquo;.

Crisitiano Zanin Valter Campanato Agência Brasil

O ministro Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT) ao Supremo Tribunal Federal (STF), aparece entre os seguidores de Allan dos Santos no Instagram. O caso chama aten&ccedil;&atilde;o porque o pr&oacute;prio STF determinou a proibi&ccedil;&atilde;o do uso de redes sociais pelo comunicador, que vive nos Estados Unidos desde 2021.
Apesar das ordens judiciais, Allan mant&eacute;m presen&ccedil;a digital ativa. O perfil atualmente seguido por Zanin, que o influenciador afirma ser o 47&ordm; que cria para driblar os bloqueios, re&uacute;ne 1,3 milh&atilde;o de seguidores. Segundo registros da Justi&ccedil;a, ele acumula R$ 7,3 milh&otilde;es em multas por descumprimento de decis&otilde;es da Corte.
O ministro tem 94,2 mil seguidores em sua conta, incluindo o presidente Lula. Aliados de Zanin alegam que ele n&atilde;o acessa o perfil com frequ&ecirc;ncia, o que n&atilde;o impediu a repercuss&atilde;o do epis&oacute;dio.
Allan dos Santos teve pris&atilde;o decretada em 2021 pelo ministro Alexandre de Moraes, sob acusa&ccedil;&otilde;es de envolvimento em organiza&ccedil;&atilde;o criminosa, incita&ccedil;&atilde;o a atos antidemocr&aacute;ticos e lavagem de dinheiro. Moraes tamb&eacute;m determinou o bloqueio das contas do comunicador e pediu sua extradi&ccedil;&atilde;o, rejeitada pelo governo dos Estados Unidos, que n&atilde;o reconheceu os crimes apontados pelo Judici&aacute;rio brasileiro.

Moraes mantém STF como foro para julgar Ricardo Salles

Ex-ministro de Bolsonaro vira alvo em ação penal sobre suposto contrabando de madeira

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