Oposição reage a adiamento de PEC do fim do foro e pressiona Hugo Motta
Parlamentares cobram votação de proposta que retira privilégios de autoridades e criticam resistência de partidos de esquerda
Por: Redação
15/08/2025 às 08:11

Foto: José Cruz/Agência Brasil
Deputados da oposição intensificaram a pressão sobre o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após o adiamento da votação da PEC que extingue o foro privilegiado. A proposta, que poderia limitar a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) em processos contra autoridades, era aguardada para esta semana, mas foi retirada de pauta a pedido de partidos de centro e da esquerda.
Parlamentares do PL, legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmam que, se a matéria não for votada nas próximas semanas, poderão obstruir os trabalhos da Casa. Entre as ações discutidas, não está descartada uma nova ocupação da Mesa Diretora, como a realizada na semana passada, mesmo com risco de punições aos envolvidos.
O líder do PSD, Antonio Brito (BA), foi quem pediu mais tempo para analisar o texto antes de apoiar a votação. A decisão frustrou a expectativa de deputados que defendem a medida como forma de garantir maior isonomia no julgamento de autoridades, evitando que apenas o STF concentre processos de natureza política.
Nos bastidores, lideranças de centro reconhecem que a aprovação será difícil, apesar do interesse em impedir que investigações envolvendo emendas parlamentares fiquem exclusivamente nas mãos de ministros do Supremo. Há receio de que, na primeira instância, a instabilidade aumente, mas opositores da proposta argumentam que a manutenção do foro privilegiado preserva privilégios e dificulta a responsabilização de políticos.
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