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Pacheco reage à pressão da oposição e rejeita anistia ampla: “Não foi passeio no parque”
Pacheco reage à pressão da oposição e rejeita anistia ampla: “Não foi passeio no parque”
Ex-presidente do Senado ignora abusos nas prisões e despreza apelos por justiça equilibrada ao se opor à anistia dos réus do 8/1
Por: Redação
28/07/2025 às 08:29

Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
O ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a atacar a oposição e se alinhar ao discurso do presidente Lula (PT) neste domingo (27), ao rejeitar uma anistia ampla para os condenados pelos atos do 8 de Janeiro. A declaração gerou forte reação entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que veem na fala de Pacheco um afronta à liberdade, ao devido processo legal e aos direitos civis dos réus, muitos ainda sem julgamento definitivo.
Pacheco afirmou à CNN Brasil que convive com “tom agressivo da extrema direita” e disse que não se submete à pressão desse grupo, que, segundo ele, “só faz gritar e agredir”.
“Nunca abaixei a cabeça para esse grupo. Não propõe nada de relevante e útil”, disse, em ataque direto à base conservadora.
Na última quinta-feira (24), em evento ao lado de Lula, Pacheco reforçou a retórica do governo ao minimizar os abusos cometidos contra manifestantes e ao classificar os atos do 8 de Janeiro como uma “tentativa de golpe” — ignorando os inúmeros relatos de prisões arbitrárias, condições degradantes e violação de garantias básicas.
“Pretendem anistia como se o 8 de Janeiro tivesse sido um passeio no parque”, afirmou, reforçando o discurso criminalizador dos conservadores.
Pacheco vem sendo criticado por se afastar do espírito de pacificação nacional e adotar a mesma linha de ataque à direita que os setores mais radicais do petismo. Ignora o apelo de parlamentares que defendem a anistia como forma de restabelecer a harmonia institucional após os excessos cometidos por ambos os lados.
Ao classificar o pedido de anistia como um desrespeito às instituições, o ex-presidente do Senado fecha os olhos para os abusos do próprio Estado e se coloca mais uma vez como aliado do sistema — em detrimento dos brasileiros que pedem apenas justiça e isonomia no tratamento dos envolvidos.
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