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Paulinho da Força critica Eduardo Bolsonaro e descarta anistia ampla: “Tocar fogo no parquinho”
Paulinho da Força critica Eduardo Bolsonaro e descarta anistia ampla: “Tocar fogo no parquinho”
Relator ameaça inviabilizar proposta caso haja pressão contra o Brasil, mas não descarta incluir Bolsonaro no texto
Por: Redação
18/09/2025 às 22:35

Foto: Divulgação
O relator do projeto da anistia na Câmara, Paulinho da Força (Solidariedade-SP), voltou a frustrar a base conservadora ao descartar a possibilidade de uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Em entrevista à GloboNews nesta quinta-feira (18), o deputado ainda atacou Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos articulando medidas contra autoridades brasileiras.
“Espero que Eduardo Bolsonaro, que já fez algumas besteiras quando fez o tarifaço contra o Brasil, possa pôr a mão na consciência e perceber que qualquer coisa que ele faça no sentido de penalizar o país, tocará fogo no parquinho aqui”, disse Paulinho.
O filho do ex-presidente se mudou para os EUA em março e vem pressionando por sanções contra ministros do Supremo Tribunal Federal, especialmente Alexandre de Moraes, visto pela oposição como perseguidor político. A ofensiva de Eduardo acontece em meio à decisão do presidente Donald Trump, que determinou a taxação de 50% sobre produtos brasileiros.
Na quarta-feira (18), a Câmara aprovou a urgência do projeto da anistia por 311 votos a 163, permitindo que o texto vá direto a plenário. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), escolheu Paulinho da Força para a relatoria, mas o deputado já deixou claro que não pretende apresentar um perdão total aos condenados pelo 8 de Janeiro.
“A anistia ampla, geral e irrestrita não existe mais. Não estamos nem falando em projeto da anistia, estamos falando em pacificar o Brasil. O foco são as pessoas que foram presas injustamente”, afirmou.
Apesar disso, Paulinho não descartou que o projeto possa beneficiar Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de prisão em julgamento polêmico e considerado por apoiadores como uma manobra política para afastá-lo da vida pública.
“Tem muita gente que foi presa e não merecia. Talvez tenham ido no embalo da multidão [no 8 de janeiro]. É nessas pessoas que a gente deveria pensar e trabalhar para que elas pudessem ser liberadas”, disse o relator.
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