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Dois suspeitos de envolvimento no roubo &agrave; resid&ecirc;ncia de Rog&eacute;ria Bolsonaro, m&atilde;e do senador Fl&aacute;vio Bolsonaro, foram presos neste s&aacute;bado (30) em Resende, no interior do Rio de Janeiro. A opera&ccedil;&atilde;o foi conduzida pela Pol&iacute;cia Civil, que tamb&eacute;m apreendeu armas, celulares e parte dos pertences levados durante a invas&atilde;o.
O senador Fl&aacute;vio Bolsonaro divulgou em suas redes sociais imagens do momento da pris&atilde;o. Ele agradeceu a atua&ccedil;&atilde;o dos policiais e afirmou que o caso ainda apresenta pontos que precisam ser esclarecidos, refor&ccedil;ando a import&acirc;ncia da continuidade das investiga&ccedil;&otilde;es.
De acordo com as autoridades, os suspeitos j&aacute; tinham passagens pela pol&iacute;cia e foram encaminhados &agrave; delegacia local. As investiga&ccedil;&otilde;es seguem para identificar se h&aacute; outros envolvidos no crime e recuperar integralmente os bens roubados.

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O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, confirmou nesta quarta-feira (3) que entregou provas contra Moraes ao governo dos Estados Unidos e ao Senado brasileiro. Em entrevista ao programa Caf&eacute; com a Gazeta, Tagliaferro afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal &ldquo;age por impulso, pelo que v&ecirc; na imprensa&rdquo; e &ldquo;desrespeita o rito comum da justi&ccedil;a&rdquo;.
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&ldquo;Enquanto eu respirar, ele [Moraes] pode fazer o que quiser, n&atilde;o vai impedir que eu fa&ccedil;a o que deve ser feito, de levar a verdade a todos os parlamentos, de levar ao mundo as atrocidades, as viola&ccedil;&otilde;es dos direitos humanos que Alexandre Moraes est&aacute; cometendo&rdquo;, declarou o ex-assessor.
</blockquote>
Segundo Tagliaferro, o gabinete de Moraes pratica um &ldquo;rito inverso&rdquo;, em que decis&otilde;es s&atilde;o tomadas antes de se reunir qualquer prova ou investiga&ccedil;&atilde;o oficial, construindo justificativas apenas depois. Ele citou como exemplo a ordem de busca e apreens&atilde;o emitida contra empres&aacute;rios de direita em agosto de 2022, ap&oacute;s vazamento &agrave; imprensa de mensagens privadas de WhatsApp. Na ocasi&atilde;o, Moraes teria alegado que os empres&aacute;rios defendiam um golpe de Estado, mas posteriormente arquivou as investiga&ccedil;&otilde;es.
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&ldquo;Tudo o que parte do gabinete de Alexandre de Moraes trata-se de rito inverso. Ao inv&eacute;s de partir de uma den&uacute;ncia da Pol&iacute;cia Federal, do Minist&eacute;rio P&uacute;blico ou de outra investiga&ccedil;&atilde;o, o ministro j&aacute; sabe o que quer e faz com que aconte&ccedil;a&rdquo;, disse Tagliaferro.
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O ex-assessor confirmou ainda que os relat&oacute;rios utilizados para sustentar decis&otilde;es eram produzidos com datas retroativas, levantando d&uacute;vidas sobre a voluntariedade e a forma de condu&ccedil;&atilde;o de processos, especialmente em dela&ccedil;&otilde;es premiadas.
Em nota enviada &agrave; Gazeta do Povo, o gabinete de Moraes afirmou que &ldquo;todos os procedimentos realizados nas investiga&ccedil;&otilde;es sobre supostas mil&iacute;cias digitais e desinforma&ccedil;&atilde;o foram oficiais, regulares e documentados nos autos&rdquo;. Sobre a ordem de busca e apreens&atilde;o de agosto de 2022, o gabinete refor&ccedil;ou que o procedimento foi conduzido de acordo com a lei, com relat&oacute;rios anexados oficialmente aos autos.
Tagliaferro havia relatado situa&ccedil;&otilde;es semelhantes em audi&ecirc;ncia p&uacute;blica na Comiss&atilde;o de Seguran&ccedil;a do Senado, ocorrida na ter&ccedil;a-feira (2), e reiterou suas cr&iacute;ticas &agrave; condu&ccedil;&atilde;o das investiga&ccedil;&otilde;es por Moraes. Segundo ele, as a&ccedil;&otilde;es do ministro teriam seguido mais o que era divulgado na imprensa do que provas reunidas por &oacute;rg&atilde;os competentes.

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O advogado de Jair Bolsonaro, Celso Vilardi, afirmou que o perfil falso no Instagram utilizado para comunica&ccedil;&atilde;o com o tenente-coronel Mauro Cid era, de fato, de Cid. Vilardi tamb&eacute;m questionou a voluntariedade da dela&ccedil;&atilde;o de Cid, sugerindo que a colabora&ccedil;&atilde;o pode n&atilde;o ter sido espont&acirc;nea. Essas alega&ccedil;&otilde;es foram feitas em uma transmiss&atilde;o, durante a sess&atilde;o do Supremo Tribunal Federal (STF) que analisa a a&ccedil;&atilde;o penal contra Bolsonaro e outros r&eacute;us.
O advogado Eduardo Kuntz, que representa Marcelo Costa C&acirc;mara, ex-assessor de Bolsonaro, havia enviado ao STF documentos que indicam que Cid manteve contato com ele por meio do perfil falso @gabrielar702 no Instagram. Kuntz anexou um print de uma conversa em que Cid confirma ser o respons&aacute;vel pelo perfil. Ele argumenta que, devido a essa comunica&ccedil;&atilde;o irregular, a dela&ccedil;&atilde;o de Cid deveria ser anulada, pois violaria os termos do acordo de colabora&ccedil;&atilde;o premiada, que exige sigilo e proibi&ccedil;&atilde;o de contato com outros investigados.&nbsp;
A defesa de Cid, por outro lado, nega que ele tenha utilizado o referido perfil e classifica as mensagens como "fake news". O tenente-coronel afirmou que a linguagem usada nas mensagens n&atilde;o condiz com a sua forma de se expressar. Al&eacute;m disso, ele alegou que o perfil poderia pertencer &agrave; sua esposa, Gabriela.&nbsp;
O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, determinou que a Meta, empresa dona do Instagram, entregasse as mensagens enviadas e recebidas pelo perfil @gabrielar702 para an&aacute;lise judicial. A decis&atilde;o visa esclarecer a veracidade das alega&ccedil;&otilde;es e avaliar poss&iacute;veis implica&ccedil;&otilde;es legais.&nbsp;
O desfecho desse impasse pode ter implica&ccedil;&otilde;es significativas no andamento da a&ccedil;&atilde;o penal contra Bolsonaro e outros envolvidos, especialmente no que diz respeito &agrave; validade das provas obtidas por meio da dela&ccedil;&atilde;o de Cid.

Davi Alcolumbre Fábio Rodrigues Pozzebom Agência Brasil

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (Uni&atilde;o-AP), refor&ccedil;ou nesta ter&ccedil;a-feira (2) que n&atilde;o existe prazo regimental para que a Advocacia-Geral da Casa analise pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
&ldquo;N&atilde;o h&aacute; prazo regimental para deliberarmos sobre pedido de impeachment na advocacia&rdquo;, disse Alcolumbre, em resposta ao senador Eduardo Gir&atilde;o (Novo-CE), que questionou sobre o andamento das solicita&ccedil;&otilde;es contra o ministro Alexandre de Moraes.
Gir&atilde;o anunciou que a oposi&ccedil;&atilde;o pretende apresentar um aditamento aos pedidos j&aacute; existentes, fundamentado em declara&ccedil;&otilde;es do ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento &agrave; Desinforma&ccedil;&atilde;o do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Eduardo Tagliaferro. Segundo ele, as informa&ccedil;&otilde;es refor&ccedil;am ind&iacute;cios de irregularidades atribu&iacute;das a Moraes.
A posi&ccedil;&atilde;o de Alcolumbre indica que, apesar da press&atilde;o da oposi&ccedil;&atilde;o e de aliados de parlamentares cr&iacute;ticos ao STF, n&atilde;o h&aacute; previs&atilde;o para que a an&aacute;lise se conclua rapidamente, mantendo a tramita&ccedil;&atilde;o dentro da Advocacia da Casa sem prazos definidos.
O movimento da oposi&ccedil;&atilde;o ocorre em meio a cr&iacute;ticas crescentes de parlamentares e setores da sociedade sobre o comportamento de Moraes em processos envolvendo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro e medidas como bloqueio de bens, censura a redes sociais e pris&otilde;es cautelares.

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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos enviou uma carta aos bancos brasileiros nesta ter&ccedil;a-feira (2) para questionar como est&aacute; sendo aplicada a Lei Magnitsk contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decis&atilde;o de Washington, comunicada em 30 de julho, determinou o bloqueio de eventuais bens do magistrado em solo americano, al&eacute;m de proibir transa&ccedil;&otilde;es dele com cidad&atilde;os dos EUA, inclusive por meio de cart&otilde;es de cr&eacute;dito de bandeiras americanas.
O comunicado do Escrit&oacute;rio de Controle de Ativos Estrangeiros (Ofac), &oacute;rg&atilde;o vinculado ao Tesouro, pede que as institui&ccedil;&otilde;es financeiras informem quais medidas j&aacute; foram tomadas para atender &agrave;s san&ccedil;&otilde;es. A notifica&ccedil;&atilde;o ocorreu no mesmo dia em que teve in&iacute;cio o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete r&eacute;us, acusados de tentativa de golpe de Estado.
O Tesouro norte-americano avalia que, caso identifique descumprimento das determina&ccedil;&otilde;es, poder&aacute; impor san&ccedil;&otilde;es secund&aacute;rias, como multas, e at&eacute; mesmo punir executivos brasileiros na pessoa f&iacute;sica. Bancos nacionais est&atilde;o sujeitos &agrave;s regras por manterem representa&ccedil;&otilde;es nos Estados Unidos.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se encontrou com o secret&aacute;rio do Tesouro americano, Scott Bessent, e afirmou acreditar que parte das institui&ccedil;&otilde;es brasileiras n&atilde;o estaria cumprindo integralmente as san&ccedil;&otilde;es determinadas pelo Ofac.

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