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Toffoli rejeita pedido de Sérgio Cabral para anular atos da Lava Jato

Toffoli rejeita pedido de Sérgio Cabral para anular atos da Lava Jato

Ministro do STF afirma que caso do ex-governador não se enquadra nas mesmas condições da decisão que beneficiou o doleiro Alberto Youssef

Por: Redação

01/08/2025 às 08:22

Imagem de Toffoli rejeita pedido de Sérgio Cabral para anular atos da Lava Jato

Foto: Caroline Antones/AgênciaBrasil

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta quinta-feira (31) o pedido apresentado pela defesa do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral para anular todos os atos da Operação Lava Jato relacionados a ele. A solicitação pedia a extensão dos efeitos da decisão que anulou, no último dia 15, os processos contra o doleiro Alberto Youssef.

Os advogados de Cabral argumentaram que as provas usadas contra o ex-governador tiveram origem na colaboração premiada de Youssef e foram obtidas no contexto de um suposto conluio entre o então juiz Sergio Moro e os procuradores da extinta força-tarefa da Lava Jato. Segundo a defesa, esse cenário comprometeria a imparcialidade do processo.

No entanto, Toffoli esclareceu que a anulação dos atos envolvendo Youssef se baseou em elementos específicos — como escutas ilegais e trocas de mensagens reveladas pela Operação Spoofing — que não se aplicam diretamente ao caso de Cabral.

“O requerente deduz pedido de extensão com fundamento em elementos subjetivos diversos”, escreveu o ministro, ao destacar que não há "aderência estrita" entre as duas situações, como exige o artigo 580 do Código de Processo Penal.

 

Cabral segue condenado
Em 2017, Sérgio Cabral foi condenado por Sergio Moro a 14 anos e 2 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Mesmo após várias ações judiciais, suas penas acumuladas ultrapassaram 400 anos de reclusão, sendo que parte já foi anulada ou revisada por tribunais superiores.

A decisão de Toffoli mantém a validade das condenações ainda em vigor, mas não impede que as instâncias inferiores reavaliem pedidos futuros da defesa com base em novos elementos.

Ao beneficiar Youssef, Toffoli apontou “abusos processuais” e uma suposta atuação coordenada e ilegal entre o juiz e os procuradores, como a escuta clandestina na cela do doleiro e o uso de provas colhidas de forma considerada irregular. No entanto, o ministro foi claro ao afirmar que a decisão não anulou o acordo de colaboração premiada de Youssef — apenas os atos processuais subsequentes baseados na condução considerada parcial.

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