Trump, Xi Jinping e Milei faltam à Cúpula de Líderes da COP30 em Belém

A Cúpula de Líderes da COP30, realizada pela ONU e pelo governo brasileiro em Belém (PA), nesta quinta (6) e sexta-feira (7), reunirá 57 chefes de Estado e 39 ministros — mas sem a presença dos presidentes Donald Trump (EUA), Xi Jinping (China) e Javier Milei (Argentina).

De acordo com Maurício Lyrio, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, outros 43 países serão representados por delegações chefiadas por autoridades de menor escalão, e ainda não há uma lista oficial de confirmados.

O governo chinês informou que Ding Xuexiang, vice-primeiro-ministro, representará Xi Jinping. Já os Estados Unidos e a Argentina devem enviar representantes técnicos.

Entre os líderes que confirmaram presença estão Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Cyril Ramaphosa (África do Sul) e Ursula von der Leyen (Comissão Europeia).

Celebridades e príncipes em Belém

Além das autoridades, a COP30 terá participação de celebridades internacionais, incluindo o príncipe William, Arnold Schwarzenegger, Chris Martin (Coldplay), Leonardo DiCaprio, Anitta, Fafá de Belém e Gilberto Gil.

O evento contará ainda com o Global Citizen Festival, um show paralelo à conferência que pretende unir artistas e ativistas na pauta ambiental. Chris Martin será o curador do festival pelos próximos 15 anos, e o príncipe William entregará o prêmio Earthshot Prize, conhecido como o “Oscar da sustentabilidade”

Agenda e expectativa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva abrirá a plenária principal na manhã de quinta-feira (6). Estão previstas sessões temáticas sobre florestas, oceanos e transição energética, além de reuniões bilaterais de Lula com outros chefes de Estado.

A COP30, que ocorrerá entre 10 e 21 de novembro de 2025, deve reunir 55 mil pessoas entre delegações oficiais, representantes da sociedade civil e imprensa internacional.

Durante a Cúpula, Lula também deve anunciar novidades sobre o Fundo de Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), administrado pelo Banco Mundial. Segundo a ministra Marina Silva, o fundo já é operacional e conta com aportes do Brasil e da Indonésia, devendo receber novos investimentos de países parceiros.