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Governo mira Roberto Campos Neto e tenta vinculá-lo ao escândalo do Banco Master

Governo mira Roberto Campos Neto e tenta vinculá-lo ao escândalo do Banco Master

Ofensiva é vista como tentativa de enfraquecer nome cotado pela direita para 2026

Por: Redação

01/12/2025 às 07:42

Imagem de Governo mira Roberto Campos Neto e tenta vinculá-lo ao escândalo do Banco Master

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, voltou ao centro da artilharia do governo Lula na esteira do escândalo que levou à liquidação do Banco Master, instituição que acumula um rombo estimado em até R$ 12 bilhões. Segundo reportagem do Poder360, integrantes do Planalto e aliados no Congresso têm articulado um movimento para associar o nome de Campos Neto à gênese da crise, numa estratégia que mistura disputa política, narrativa econômica e antecipação da corrida eleitoral de 2026.

Hoje vice-presidente do Nubank — a maior fintech do país —, Campos Neto mantém forte trânsito no setor financeiro e proximidade com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, um dos nomes mais competitivos da direita para a sucessão presidencial. Essa combinação transformou o economista em um dos principais alvos do governo, que tenta emplacar a ideia de que fintechs operam com regras mais brandas e teriam relação com o financiamento do crime organizado — tese fortemente contestada pelo setor.

A ofensiva contra o ex-chefe do Banco Central ganhou combustível quando figuras governistas passaram a sugerir suposta leniência de sua gestão com o Master. No Senado, Renan Calheiros chegou a afirmar que Campos Neto “pagou R$ 300 mil para se livrar de responsabilidades”, declaração que desconsidera o contexto da multa: tratava-se de um acordo envolvendo operações do Santander entre 2015 e 2017, sem relação direta com o Master, como lembra o documento. Ainda assim, a acusação foi usada politicamente para reforçar a narrativa do Planalto.

A movimentação coincide com o avanço de propostas caras ao governo, como o projeto de Renan para elevar a taxação das fintechs — bandeira de Fernando Haddad em sua política de “justiça tributária”, que na prática significa aumento de impostos para ampliar arrecadação. De acordo com o texto analisado no arquivo, o governo tenta vincular as fintechs a práticas ilegais ao mesmo tempo em que pressiona por mais controle e carga tributária, em linha com o esforço de reforçar o caixa federal.

Nos bastidores, operadores do mercado, advogados e políticos ouvidos pelo Poder360 se dividem: parte acredita que Campos Neto ainda precisa prestar esclarecimentos sobre sua atuação; outra parte vê ações claramente politizadas, com decisões judiciais e operações da PF atingindo setores sensíveis ao governo e figuras alinhadas à oposição.

Com o nome cada vez mais considerado como ativo eleitoral da direita, Campos Neto tornou-se alvo preferencial para setores do governo que buscam desgastar possíveis adversários de 2026 — especialmente aqueles ligados a Tarcísio de Freitas, que desponta como o principal contraponto ao projeto petista.

A crise do Master, portanto, tornou-se mais do que um escândalo financeiro: virou arma política num ambiente em que a disputa pelo poder já ultrapassou os limites da economia e avança sobre o terreno institucional.

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