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Temor dos banqueiros cresce à medida que STF enrijece resposta a sanções dos EUA
Temor dos banqueiros cresce à medida que STF enrijece resposta a sanções dos EUA
Por: Redação
19/08/2025 às 14:23

Foto: Wilson Dias
O Supremo Tribunal Federal (STF), sob orientação do ministro Flávio Dino, intensifica sua reação à ofensiva diplomática dos Estados Unidos envolvendo a Lei Magnitsky — gerando apreensão no setor financeiro nacional. Instituições bancárias ouvidas em bastidores demonstram desconforto com o endurecimento da Corte frente às pressões externas.
A Lei Magnitsky permite aos EUA impor sanções a autoridades estrangeiras acusadas de violações de direitos humanos. Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes foi incluído nessa lista, exacerbando a tensão entre os poderes. Em resposta, Dino estabeleceu que bancos brasileiros só poderão cumprir sanções internacionais após autorização do STF, uma medida vista como uma tentativa de proteger o sistema financeiro da interferência externa.
Ainda segundo reportagens, o STF não pretende parar por aí. Em reuniões internas, ministros já cogitaram adotar medidas mais drásticas — como o bloqueio de ativos ou contas bancárias de empresas norte-americanas que operam no Brasil, caso o conflito se aprofunde.
O desconforto se estendeu aos empresários do setor financeiro que, segundo relatos nos bastidores, afirmaram ser inviável descumprir sanções norte-americanas sem consequências graves, como exclusão do sistema financeiro global. Essa posição, no entanto, foi mal recebida por alguns magistrados, que interpretaram tais manifestações como falta de confiança na soberania da Justiça brasileira.
“Acham que somos teleguiados e que não podemos fazer nada”, comentou um dos ministros sobre o comportamento dos banqueiros diante da situação. Outro ironizou: “Os americanos também não têm empresas no Brasil? Acham que elas estão imunes?” — evidenciando o potencial de retaliação que o STF estaria disposto a adotar, caso as pressões externas persistam.
A faca afiadora entre decisões jurídicas domésticas e sanções internacionais coloca o sistema bancário nacional sob intensa tensão, em um conflito que ultrapassa o âmbito financeiro e alcança a esfera da autonomia institucional e da definição de soberania em tempos de globalização jurídica.
O enfraquecimento da confiança do mercado e a possibilidade de retaliações mútuas — com o Brasil impedindo operações de grandes corporações externas, e os Estados Unidos restringindo acesso ao sistema financeiro global — desenham um cenário de risco elevado, com impactos potenciais na estabilidade econômica e no investimento estrangeiro.
Enquanto isso, o Supremo avalia suas cartas estratégicas em um momento de alta complexidade jurídica e diplomática — e os banqueiros seguem em alerta máximo, aguardando sinais claros de como será, de fato, esse embate entre soberania nacional e poder externo.
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