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Justiça nega habeas corpus a Augusto Melo, e denúncia por patrocínio suspeito no Corinthians segue válida

Justiça nega habeas corpus a Augusto Melo, e denúncia por patrocínio suspeito no Corinthians segue válida

Presidente afastado do clube tentou anular processo envolvendo contrato com a VaideBet, mas desembargadora entendeu que não houve constrangimento ilegal

Por: Redação

30/07/2025 às 09:20

Atualizado em 30/07/2025 às 09:29

Augusto Melo, presidente do Corinthians

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

A Justiça de São Paulo negou, pela segunda vez, um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians. A desembargadora Maria Cecília Leone, da 8ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP, recusou a liminar solicitada, que pretendia anular a denúncia relacionada ao polêmico contrato de patrocínio com a casa de apostas VaideBet.

A defesa de Melo alegou que os Relatórios de Inteligência Financeira produzidos pelo Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) teriam sido obtidos sem autorização judicial. No entanto, a magistrada argumentou que não houve demonstração de “constrangimento ilegal evidente” — condição necessária para concessão de liminar em habeas corpus.

Com a decisão, segue válida a denúncia que aponta o envolvimento de Melo e outros dirigentes em um suposto esquema de desvio de recursos e lavagem de dinheiro. O contrato com a VaideBet, fechado em janeiro de 2024 e anunciado como um dos maiores da história do clube (R$ 370 milhões por três anos), passou a ser investigado após o repasse suspeito de comissões milionárias.

Segundo o Ministério Público, R$ 1,4 milhão foram transferidos à empresa intermediária Rede Social Media Design, sem autorização do então diretor financeiro. A partir daí, o dinheiro teria circulado por empresas de fachada, até chegar à UJ Football, ligada ao empresário Ulisses Jorge — figura apontada por autoridades como conectada ao crime organizado, inclusive ao PCC.

Além de Augusto Melo, são réus no processo os ex-dirigentes Marcelo Mariano e Sérgio Moura, e o empresário Alex Cassundé. Os quatro respondem por associação criminosa, lavagem de dinheiro e furto. O Ministério Público pede ainda o bloqueio de bens e uma indenização de R$ 40 milhões ao clube.

O episódio representa mais um duro golpe à imagem do Corinthians e levanta questionamentos sobre os critérios na condução de contratos milionários dentro de instituições esportivas. A casa de apostas VaideBet, que inicialmente apostava no patrocínio como forma de projeção nacional, rescindiu o contrato em junho de 2024, acionando a cláusula anticorrupção e afirmando que sua reputação havia sido abalada.

Afastado da presidência desde maio, Melo terá seu futuro político decidido no próximo dia 9 de agosto, quando os sócios do clube irão votar seu possível impeachment. A tendência é de que a pressão aumente, à medida que novas revelações sobre a rota dos recursos venham à tona.

Enquanto isso, torcedores e conselheiros cobram transparência e responsabilização — numa crise que ultrapassa o campo e expõe as fragilidades da governança no futebol brasileiro.

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