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Diretor do FBI demite agente em treinamento por exibir bandeira do orgulho gay
Diretor do FBI demite agente em treinamento por exibir bandeira do orgulho gay
Decisão reforça postura do governo Trump contra politização em repartições públicas
Por: Redação
03/10/2025 às 07:50

Foto: AFP
O diretor do FBI, Kash Patel, determinou a demissão de um agente em treinamento acusado de exibir uma bandeira do orgulho gay em sua estação de trabalho durante lotação em um escritório da agência na Califórnia, ainda no governo Biden. A medida foi oficializada em carta assinada no dia 1º de outubro e entregue ao servidor no primeiro dia da atual paralisação do governo federal.
Segundo o documento, Patel considerou que a conduta representou a veiculação de mensagem política imprópria em ambiente institucional. A decisão se amparou nos poderes constitucionais do presidente da República para dispensar servidores de carreira em período probatório, prerrogativa já usada em outras exonerações recentes no Departamento de Justiça e no próprio FBI.
O caso ocorre em meio ao endurecimento da política administrativa de Donald Trump, que voltou à Casa Branca com a promessa de cortar cargos considerados alinhados a pautas ideológicas da esquerda. Ao lado do diretor do Escritório de Orçamento e Gestão, Russell Vought, o presidente havia antecipado que poderia promover demissões em larga escala no funcionalismo caso o Congresso não aprovasse as medidas fiscais exigidas.
O agente desligado, que anteriormente atuava como especialista de apoio em Los Angeles e chegou a receber um prêmio do Departamento de Justiça em 2022, não foi identificado publicamente. A imprensa norte-americana relatou que a notícia gerou cautela entre colegas em Washington, que passaram a revisar postagens e sinais de posicionamento político em ambientes de trabalho.
A decisão de Patel se insere no contexto mais amplo da política de desmonte de iniciativas de diversidade, equidade e inclusão promovida pelo atual governo. Em janeiro, por exemplo, o grupo DOJ Pride — associação de servidores LGBT do Departamento de Justiça — encerrou suas atividades preventivamente após ordem executiva de Trump que extinguiu medidas institucionais de diversidade.
Críticos classificam as demissões como perseguição política, mas apoiadores do governo defendem que a medida restabelece a neutralidade do serviço público, impedindo que símbolos ou bandeiras associadas a causas ideológicas sejam exibidos em órgãos federais.
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