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Morte de opositor expõe brutalidade do regime Maduro

Morte de opositor expõe brutalidade do regime Maduro

Alfredo Díaz, ex-governador e líder moderado da oposição, morre após um ano preso em centro de tortura na Venezuela

Por: Redação

08/12/2025 às 08:30

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Foto: Federico Parra

O regime de Nicolás Maduro voltou ao centro das críticas internacionais após a morte do opositor Alfredo Díaz, 56 anos, que passou mais de um ano detido no temido centro de custódia de El Helicoide, em Caracas — local denunciado há anos por organizações independentes como ambiente sistemático de tortura e violações de direitos humanos.

Díaz, ex-governador de Nueva Esparta e figura influente da oposição venezuelana, morreu sem ter recebido assistência médica adequada, segundo comunicado de seu partido. A família relata que ele permaneceu praticamente incomunicável desde a prisão, autorizando apenas uma única visita da filha durante todo o período de custódia.

A detenção do político ocorreu em novembro de 2024, poucos meses após as eleições presidenciais contestadas. Ele foi capturado enquanto tentava deixar o país — movimento comum entre opositores perseguidos pelo aparato de segurança chavista.

Organizações de direitos humanos afirmam que a morte de Díaz é parte de um padrão crescente de perseguição política. Segundo o Foro Penal, 17 presos políticos já morreram sob custódia do Estado venezuelano desde 2014, e a Venezuela atualmente mantém 884 presos políticos, o maior número de toda a América Latina.

A comunidade internacional reagiu de forma severa. O Departamento de Assuntos do Hemisfério Ocidental dos Estados Unidos classificou o caso como um lembrete da “natureza vil do regime criminoso de Maduro”, reforçando denúncias históricas contra El Helicoide. Críticos apontam que a repressão chavista se intensificou enquanto Washington endurece operações contra o narcotráfico na região — operações que Maduro insiste serem parte de uma tentativa de derrubada orquestrada pelos EUA.

A morte de Díaz também uniu lideranças opositoras. María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz, e Edmundo González Urrutia afirmaram que o caso não pode ser tratado como episódio isolado. Para ambos, cada omissão médica, cada abuso e cada morte sob custódia deve ser documentada e atribuída diretamente ao Estado venezuelano.

Nascido na Ilha de Margarita, Díaz construiu trajetória marcada pela popularidade regional. Foi prefeito de Porlamar por dois mandatos e assumiu o governo de Nueva Esparta em 2017, num dos momentos de maior desgaste do regime de Maduro. Em 2024, voltou ao protagonismo ao questionar a legitimidade do pleito presidencial, cobrando auditoria e transparência — semanas depois, seria preso e mantido sob completo isolamento.

Seu perfil moderado não impediu que fosse tratado como inimigo político. Como diversos opositores, enfrentou prisões arbitrárias, negligência médica e severas restrições de contato com familiares.

A morte de Alfredo Díaz reforça o que entidades, governos estrangeiros e exilados venezuelanos denunciam há anos: a Venezuela vive sob um regime onde divergência política pode custar não apenas a liberdade, mas a própria vida. Para críticos de Maduro, trata-se de mais um marco trágico que expõe o fracasso moral e institucional do chavismo — e que reacende o debate sobre responsabilização internacional.

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