Trump afirma que vai usar “toda a força” contra Maduro em nova escalada com a Venezuela

O governo dos Estados Unidos, liderado pelo presidente Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (19) uma escalada na sua política externa com relação à Venezuela. Segundo declarações oficiais, os EUA estão dispostos a empregar “toda a força” contra o presidente Nicolás Maduro, reforçando sua postura de confronto diante de acusações de envolvimento com organizações criminosas e narcotráfico.

A disposição formou o pano de fundo para o envio militar norte-americano à região, incluindo destróieres e recursos aéreos, como forma de pressionar o regime chavista. A partir dessa base, a administração dos EUA dobrou a recompensa oferecida por informações que levem à captura de Maduro, elevando-a para US$ 50 milhões – uma medida que reforça a narrativa de criminalização internacional do seu governo (“guerra contra o narcotráfico”).

Em resposta, Maduro mobilizou massivamente as milícias venezuelanas. Cerca de 4,5 milhões de reservistas foram convocados e instruídos a permanecer “preparados, ativados e armados” em defesa da soberania nacional, num sinal claro de resistência interna e prontidão militar.

Contexto e implicações

A retórica agressiva e a mobilização militar dos EUA aumentam as tensões geopolíticas na América Latina. A Venezuela enxerga essas ações como uma violação à sua independência e um sinal de hostilidade imperialista, enquanto Washington justifica a medida como resposta ao narcoterrorismo internacional.

O anúncio de Trump sinaliza uma continuidade do endurecimento de sua política externa na região e desemboca em um cenário de risco elevado para a estabilidade política e econômica latino-americana, com tensões migratórias e diplomáticas em evidência.