Crise no comércio baiano força fechamento de restaurante em Ilhéus
Após 41 anos de funcionamento, restaurante Bibokinha encerra atividades; em Feira de Santana, lojistas relatam queda drástica no movimento e reclamam da falta de estímulos econômicos.
Por: Redação
06/10/2025 às 07:54

Foto: Reprodução
A crise no comércio da Bahia segue fazendo vítimas. Em Ilhéus, o tradicional restaurante Bibokinha, conhecido pelo cardápio variado e atendimento familiar, encerrou suas atividades no último dia 1º de outubro, após 41 anos de funcionamento. O fechamento foi confirmado por meio de um aviso simples, fixado na fachada do estabelecimento: “Informamos o encerramento da Bibokinha. Gratidão a todos!”
Localizada na Rua Prado Valadares, no centro da cidade, a Bibokinha era considerada um ponto de encontro afetivo para gerações de moradores e turistas, tornando-se parte da memória gastronômica de Ilhéus. O encerramento repentino pegou a população de surpresa, e as razões oficiais não foram divulgadas.
O caso reforça o impacto que o setor de bares, restaurantes e comércio em geral vem sofrendo no estado. Empresários locais apontam a alta carga tributária, o aumento dos custos operacionais e a retração do consumo como fatores determinantes para o fechamento de negócios históricos.
Em Feira de Santana, segunda maior cidade da Bahia, a situação também é preocupante. Lojistas têm usado as redes sociais para denunciar o baixo movimento nas principais ruas comerciais. Um vídeo publicado pelo empresário Alesson Freitas, dono da Alesson Modas, mostra estabelecimentos praticamente vazios na Rua Sales Barbosa, um dos pontos mais tradicionais do comércio local.
“Uma quinta-feira, 1 hora da tarde, início de mês, e as lojas completamente vazias. As vendedoras sem ninguém pra atender. Isso aqui era um movimento”, relatou o comerciante.
Outros empresários ouvidos pelo Informe Baiano afirmam que o problema está diretamente ligado à alta dos preços, crescimento das compras online e perda do poder de compra da população.
“O dinheiro parou de girar. O lucro de quem trabalha no varejo está abaixo de 10%. Essa é a realidade”, desabafou outro lojista.
O cenário preocupa entidades do setor produtivo, que cobram medidas urgentes do governo estadual e federal para estimular o consumo, reduzir a burocracia e aliviar a carga sobre os pequenos empreendedores — responsáveis por grande parte da geração de empregos na Bahia.
Veja mais em >>> Rede Comunica Brasil
Assine nossa news letter
Receba as principais notícias do dia direto no seu e-mail.