Início

/

Notícias

/

Brasil

/

Professor da Unesp denuncia agressões físicas e intimidação por militância estudantil

Professor da Unesp denuncia agressões físicas e intimidação por militância estudantil

Gabriel Cepaluni afirma ter sido espancado em manifestação organizada; universidade evita nota pública de repúdio

Por: Redação

02/10/2025 às 21:39

Câmera de segurança da universidade registrou a agressão; O professor está com o chapéu, cercado por estudantes

Foto: Câmera de segurança / Unesp / Franca

O professor Gabriel Cepaluni, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), afirma ter sido vítima de agressões físicas por parte de estudantes no campus, em 2 de setembro, após ser hostilizado com gritos de “racista”, “fascista” e “assediador”. Segundo o docente, o episódio começou quando tentava gravar as provocações em vídeo e prosseguiu ao tentar entrar em sala de aula.

Ele relata ter sofrido socos, empurrões e chutes, além de ter a roupa rasgada e de ser derrubado no chão. Seus óculos desapareceram e a mochila, que continha um laptop, foi aberta durante o tumulto.

"Não revidei. Procurei apenas me proteger dos golpes e buscar ajuda. Eu sabia que se revidasse perderia a razão", disse o professor, que leciona disciplinas de Relações Comerciais Internacionais e Análise de Política Externa.

Cepaluni sustenta que nunca enfrentou desrespeito em sala de aula e que o ataque não decorreu de críticas acadêmicas, mas de uma ação organizada com motivação ideológica. Ele afirma que a universidade foi omissa: “A segurança não chamou a polícia e funcionários não intervieram. Após insistência, consegui que um motorista da universidade me levasse à delegacia”.

O professor reuniu vídeos, boletim de ocorrência e laudos médicos para comprovar as agressões, mas até agora não recebeu manifestação institucional clara em sua defesa. A Unesp anunciou abertura de apuração, mas não divulgou nota pública de repúdio.

A militante Gabrielle Nascimento, da União da Juventude Comunista (UJC) da Unesp, assumiu em rede social que o ato foi uma “manifestação política legítima” contra o docente. Ela o acusou de assédio, elitismo e posições “perigosas”. Também alegou que Cepaluni teria “furado a barreira dos estudantes e dado cotoveladas”, provocando lesões em quatro alunos – sem apresentar provas.

O professor rebateu: “Não houve diálogo ou tentativa de esclarecimento, nem antes nem durante a manifestação. Muitos que estavam lá disseram não me conhecer. Isso mostra que não havia debate real, mas hostilidade organizada”.

Cepaluni defende que a violência foi resultado de um ambiente de intimidação política e acusações falsas espalhadas em redes sociais.

"Minhas aulas são baseadas em ciência, dados e debate plural. Se isso desagrada, é porque alguns confundem crítica acadêmica com ataque pessoal. Se não houver responsabilização, esse tipo de violência tende a se repetir", afirmou.

O caso expõe o avanço de grupos radicais dentro das universidades e reacende o debate sobre liberdade acadêmica, ambiente plural de debate e o papel das instituições diante de agressões de motivação ideológica.

Veja mais em >>> Rede Comunica Brasil

Entre em contato conosco pelo whatsappp

logo

Site dedicado a informar com agilidade e responsabilidade, trazendo os principais acontecimentos locais, regionais e nacionais.

Siga

Rede Comunica Brasil © Copyright 2025

Design by NVGO

Nós utilizamos cookies para aprimorar e personalizar a sua experiência em nosso site. Ao continuar navegando, você concorda em contribuir para os dados estatísticos de melhoria. Conheça nossa Política de Privacidade e consulte nossa Política de Cookies.