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A produtora Macaco Gordo, pertencente ao empres&aacute;rio baiano Francisco &ldquo;Chico&rdquo; Kert&eacute;sz, recebeu R$ 12 milh&otilde;es em contratos de publicidade da Caixa Econ&ocirc;mica Federal e da Ag&ecirc;ncia Brasileira de Promo&ccedil;&atilde;o Internacional do Turismo (Embratur) nos &uacute;ltimos dois anos.
Kert&eacute;sz &eacute; s&oacute;cio do ministro-chefe da Secretaria de Comunica&ccedil;&atilde;o Social da Presid&ecirc;ncia da Rep&uacute;blica (Secom), Sid&ocirc;nio Palmeira, na ag&ecirc;ncia Nordx &mdash; fator que acendeu alertas sobre poss&iacute;vel conflito de interesses.
Segundo a reportagem, a Macaco Gordo foi contratada para campanhas de divulga&ccedil;&atilde;o institucional das estatais. Sid&ocirc;nio Palmeira, no entanto, negou qualquer interfer&ecirc;ncia nas decis&otilde;es de contrata&ccedil;&atilde;o.
Os contratos foram firmados durante a atual gest&atilde;o federal, que tem ampliado investimentos em publicidade estatal &mdash; um movimento que vem sendo acompanhado com aten&ccedil;&atilde;o por &oacute;rg&atilde;os de controle e parlamentares da oposi&ccedil;&atilde;o.

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Um homem foi preso nesta quinta-feira (4) na cidade de F&aacute;tima, no agreste baiano, ap&oacute;s se passar por policial civil para intimidar comerciantes, funcion&aacute;rios e clientes em diferentes estabelecimentos da regi&atilde;o.
Segundo a Pol&iacute;cia Civil, o suspeito foi detido instantes depois de ser flagrado utilizando a falsa identidade funcional. As investiga&ccedil;&otilde;es j&aacute; estavam em andamento e foram iniciadas ap&oacute;s den&uacute;ncias de amea&ccedil;as dentro de um com&eacute;rcio local, onde o fals&aacute;rio teria usado a suposta condi&ccedil;&atilde;o de agente de seguran&ccedil;a para gerar tumulto e constranger trabalhadores.
A apura&ccedil;&atilde;o revelou que essa n&atilde;o foi a primeira vez que o homem se apresentou como integrante da corpora&ccedil;&atilde;o. Em situa&ccedil;&atilde;o anterior, envolvendo perturba&ccedil;&atilde;o do sossego por som alto, o suspeito tamb&eacute;m afirmou ser servidor da Pol&iacute;cia Civil &mdash; informa&ccedil;&atilde;o posteriormente desmentida pela institui&ccedil;&atilde;o.
Ele foi conduzido &agrave; Delegacia Territorial de F&aacute;tima, onde um Termo Circunstanciado de Ocorr&ecirc;ncia (TCO) foi lavrado ap&oacute;s a confirma&ccedil;&atilde;o oficial de que ele n&atilde;o faz parte dos quadros da corpora&ccedil;&atilde;o.
O caso segue sob investiga&ccedil;&atilde;o, e a Pol&iacute;cia Civil trabalha para identificar poss&iacute;veis outras v&iacute;timas do golpe.

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A Prefeitura de Salvador, por meio da Diretoria de Servi&ccedil;os de Ilumina&ccedil;&atilde;o P&uacute;blica (Dsip), Guarda Civil Municipal (GCM), Pol&iacute;cia Civil, Transalvador e Companhia de Governan&ccedil;a Eletr&ocirc;nica de Salvador (Cogel), em parceria com a Secretaria de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica da Bahia (SSP-BA), montou um esquema especial de seguran&ccedil;a para o Natal Salvador 2025, que come&ccedil;a nesta sexta-feira (5) no Centro Hist&oacute;rico e segue at&eacute; 6 de janeiro.
O planejamento, iniciado em setembro, re&uacute;ne a&ccedil;&otilde;es coordenadas entre &oacute;rg&atilde;os municipais e estaduais, combinando tecnologia, controle de acessos, intelig&ecirc;ncia e refor&ccedil;o de efetivo para garantir a seguran&ccedil;a do p&uacute;blico durante toda a programa&ccedil;&atilde;o. Entre as medidas adotadas est&atilde;o o uso de reconhecimento facial, revistas obrigat&oacute;rias nos acessos, portais de monitoramento e c&acirc;meras distribu&iacute;das pelas ruas e pra&ccedil;as. O sistema poder&aacute; identificar pessoas procuradas pela Justi&ccedil;a, permitindo resposta r&aacute;pida das equipes. Tamb&eacute;m foi contratada seguran&ccedil;a privada para refor&ccedil;ar a prote&ccedil;&atilde;o do p&uacute;blico e dos equipamentos instalados.
Segundo o diretor da Dsip, &Acirc;ngelo Magalh&atilde;es, o plano &eacute; fruto de uma constru&ccedil;&atilde;o coletiva. &ldquo;Vamos executar um plano que vem sendo desenvolvido h&aacute; 3 meses, reunindo todas as for&ccedil;as necess&aacute;rias para garantir tranquilidade no Natal do Centro Hist&oacute;rico. Constru&iacute;mos um projeto onde o p&uacute;blico s&oacute; poder&aacute; entrar ap&oacute;s passar pelas barreiras de seguran&ccedil;a. O objetivo &eacute; garantir um ambiente controlado e seguro para quem for acompanhar a ilumina&ccedil;&atilde;o especial e a programa&ccedil;&atilde;o cultural que preparamos&rdquo;, destacou.
O comandante do 18&ordm; Batalh&atilde;o da Pol&iacute;cia Militar, Tenente-Coronel Gabriel Neto, refor&ccedil;a que o planejamento para o Natal Luz segue o modelo bem-sucedido do ano anterior. &ldquo;H&aacute; um planejamento muito intenso voltado para todo o cercamento do Centro Hist&oacute;rico, com presen&ccedil;a intensificada de policiais na parte preventiva. Teremos abordagens, portais de revista e a&ccedil;&otilde;es orientadas pela Secretaria da Seguran&ccedil;a P&uacute;blica. Fizemos reuni&otilde;es di&aacute;rias, mapeamos pontos sens&iacute;veis e estruturamos cada detalhe para garantir a ordem p&uacute;blica. Com certeza vamos ter sucesso na preserva&ccedil;&atilde;o da seguran&ccedil;a&rdquo;, afirmou.
Sobre o refor&ccedil;o de efetivo, o comandante explica que o n&uacute;mero varia conforme a programa&ccedil;&atilde;o: &ldquo;Trabalhamos a partir das demandas de cada dia. Em datas com circuito maior, como no desfile, o policiamento ser&aacute; intensificado para atender todas as circunst&acirc;ncias que exijam maior presen&ccedil;a policial, disse.
A opera&ccedil;&atilde;o contar&aacute; ainda com atua&ccedil;&atilde;o di&aacute;ria de oito viaturas, duas motos e cerca de 80 agentes da Guarda Civil Municipal. Para o diretor-geral da GCM, Coronel Sturaro, o ambiente seguro &eacute; um dos pilares do Natal no Centro Hist&oacute;rico. &ldquo;O nosso Natal virou tradi&ccedil;&atilde;o, e entre os atrativos que ele oferece est&atilde;o a seguran&ccedil;a, a tranquilidade, o ambiente de paz e harmonia. A intera&ccedil;&atilde;o das for&ccedil;as de seguran&ccedil;a, o trabalho antecipado de intelig&ecirc;ncia e o planejamento em conjunto da nossa PMBA e da nossa GCM, oferecendo um policiamento ostensivo, preventivo e acolhedor, s&atilde;o fatores preponderantes para o sucesso alcan&ccedil;ado&rdquo;, declarou.
A Pol&iacute;cia Civil atuar&aacute; com um delegado, um investigador e 15 agentes de plant&atilde;o no circuito todos os dias. J&aacute; a Transalvador ser&aacute; respons&aacute;vel pelo fechamento do tr&acirc;nsito e instala&ccedil;&atilde;o de barreiras fixas nas &aacute;reas de acesso ao Centro Hist&oacute;rico.

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Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) identificou um agravamento expressivo na fila da regula&ccedil;&atilde;o durante o governo Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT). O tempo m&eacute;dio de espera para pacientes internados cresceram de 1,5 dia, no per&iacute;odo de janeiro a agosto de 2019, para 4,7 dias no mesmo intervalo de 2024 &mdash; um salto de 213%.
O levantamento mostra que a piora atinge praticamente todas as especialidades, mas algumas &aacute;reas cr&iacute;ticas registraram acelera&ccedil;&atilde;o ainda mais preocupante.
<h3 data-start="918" data-end="987">&nbsp;</h3>
Segundo o TCE, as cinco especialidades com maior aumento no tempo de espera foram:
<ul data-start="1073" data-end="1415">
<li data-start="1073" data-end="1153">
Cirurgia tor&aacute;cica: de 4,0 dias para 10,4 dias &mdash; +6,4 dias (160%)
</li>
<li data-start="1154" data-end="1221">
Hematologia: de 4,7 para 7,8 dias &mdash; +3,1 dias (66%)
</li>
<li data-start="1222" data-end="1286">
Oncologia: de 5,2 para 6,7 dias &mdash; +1,5 dia (29%)
</li>
<li data-start="1287" data-end="1350">
Urologia: de 4,3 para 5,7 dias &mdash; +1,4 dia (32%)
</li>
<li data-start="1351" data-end="1415">
Pneumologia: de 4,1 para 5,6 dias &mdash; +1,5 dia (36%)
</li>
</ul>
No caso da oncologia, a auditoria dedica um trecho espec&iacute;fico alertando que pacientes com suspeita de c&acirc;ncer chegam a ocupar leitos de alta complexidade por longos per&iacute;odos porque dependem de exames que muitos hospitais gerais n&atilde;o conseguem realizar. Isso reduz o giro de leitos, provoca gargalos e trava toda a rede assistencial.
<h3 data-start="1757" data-end="1828">&nbsp;</h3>
Outro ponto cr&iacute;tico do relat&oacute;rio &eacute; a centraliza&ccedil;&atilde;o progressiva da regula&ccedil;&atilde;o, iniciada em 2020. Os complexos reguladores das regi&otilde;es Sul e Sudoeste foram desmobilizados, e praticamente toda a demanda passou a depender da Central Estadual de Regula&ccedil;&atilde;o (CER) &mdash; localizada em Salvador.
O TCE concluiu que essa concentra&ccedil;&atilde;o:
<ul data-start="2168" data-end="2377">
<li data-start="2168" data-end="2217">
aumentou a press&atilde;o sobre a estrutura central;
</li>
<li data-start="2218" data-end="2269">
ampliou o tempo de espera em regi&otilde;es distantes;
</li>
<li data-start="2270" data-end="2318">
dificultou o acesso de pacientes ao sistema;
</li>
<li data-start="2319" data-end="2377">
prejudicou o fluxo assistencial em &aacute;reas j&aacute; vulner&aacute;veis.
</li>
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A auditoria refor&ccedil;a que a pol&iacute;tica adotada pelo governo baiano contrariou o princ&iacute;pio de descentraliza&ccedil;&atilde;o, fundamental para sistemas de sa&uacute;de de grande porte, e resultou em uma regula&ccedil;&atilde;o lenta, ineficiente e incapaz de absorver a demanda crescente.
O resultado &eacute; um cen&aacute;rio de fila inflada, especialistas sobrecarregados e pacientes vulner&aacute;veis aguardando cada vez mais tempo &mdash; reflexo direto da gest&atilde;o petista na sa&uacute;de estadual.

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O governador da Bahia, Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT), usou o lan&ccedil;amento de composi&ccedil;&otilde;es que supostamente integrar&atilde;o o futuro VLT de Salvador para ironizar, nesta quarta-feira (3), as cr&iacute;ticas aos 22 empr&eacute;stimos contratados por sua gest&atilde;o. Em tom de deboche, o petista exibiu pap&eacute;is e declarou: &ldquo;Olha aqui os empr&eacute;stimos. Est&atilde;o aqui, &oacute;! Est&atilde;o em entregas como essa, que chegaram hoje a Salvador.&rdquo;
O que Jer&ocirc;nimo n&atilde;o mencionou &eacute; que o Estado pagar&aacute; quase R$ 1,5 bilh&atilde;o ao governo do Mato Grosso pela compra de 40 trens com sete vag&otilde;es cada, todos parados h&aacute; mais de dez anos em Cuiab&aacute;. As composi&ccedil;&otilde;es foram adquiridas em 2012 por R$ 497 milh&otilde;es junto &agrave; empresa espanhola CAF, para um modal que jamais saiu do papel.
O Portal da Transpar&ecirc;ncia mostra que a Bahia j&aacute; desembolsou R$ 701 milh&otilde;es e que o contrato segue vigente at&eacute; fevereiro de 2028 &mdash; mesmo sem garantia de que o VLT baiano se tornar&aacute; realidade.
Enquanto tenta transformar material antigo em promessa de moderniza&ccedil;&atilde;o, o governo petista convive com cr&iacute;ticas cada vez mais fortes sobre sua depend&ecirc;ncia de cr&eacute;dito externo. A Assembleia Legislativa aprovou esta semana mais um empr&eacute;stimo, o 22&ordm; em apenas tr&ecirc;s anos, elevando para R$ 26 bilh&otilde;es o montante contratado pelo Estado.
Para a oposi&ccedil;&atilde;o, a justificativa apresentada pelo governo &eacute; vaga e insuficiente. &ldquo;Queremos saber em que vai ser empregada essa dinheirama&rdquo;, afirmou o deputado Luciano Sim&otilde;es Filho (Uni&atilde;o Brasil).
O tamb&eacute;m oposicionista Sandro R&eacute;gis (Uni&atilde;o Brasil) cunhou o apelido que j&aacute; circula nos corredores da Alba: &ldquo;Governo Crefisa&rdquo;, numa refer&ecirc;ncia ir&ocirc;nica &agrave; pr&aacute;tica do governo petista de recorrer sistematicamente ao endividamento.
O contraste entre a propaganda oficial e os n&uacute;meros milion&aacute;rios refor&ccedil;a o desgaste da gest&atilde;o, que tenta apresentar como &ldquo;progresso&rdquo; um projeto que, por enquanto, mais parece a compra de um VLT usado, caro e parado no tempo.

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