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Fila da regulação explode na Bahia sob Jerônimo e tempo de espera cresce 213%, aponta auditoria do TCE
Fila da regulação explode na Bahia sob Jerônimo e tempo de espera cresce 213%, aponta auditoria do TCE
Relatório revela colapso silencioso na saúde estadual, piora na rede oncológica e centralização que sobrecarrega Salvador
Por: Redação
04/12/2025 às 17:13

Foto: Divulgação
Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) identificou um agravamento expressivo na fila da regulação durante o governo Jerônimo Rodrigues (PT). O tempo médio de espera para pacientes internados cresceram de 1,5 dia, no período de janeiro a agosto de 2019, para 4,7 dias no mesmo intervalo de 2024 — um salto de 213%.
O levantamento mostra que a piora atinge praticamente todas as especialidades, mas algumas áreas críticas registraram aceleração ainda mais preocupante.
Segundo o TCE, as cinco especialidades com maior aumento no tempo de espera foram:
Cirurgia torácica: de 4,0 dias para 10,4 dias — +6,4 dias (160%)
Hematologia: de 4,7 para 7,8 dias — +3,1 dias (66%)
Oncologia: de 5,2 para 6,7 dias — +1,5 dia (29%)
Urologia: de 4,3 para 5,7 dias — +1,4 dia (32%)
Pneumologia: de 4,1 para 5,6 dias — +1,5 dia (36%)
No caso da oncologia, a auditoria dedica um trecho específico alertando que pacientes com suspeita de câncer chegam a ocupar leitos de alta complexidade por longos períodos porque dependem de exames que muitos hospitais gerais não conseguem realizar. Isso reduz o giro de leitos, provoca gargalos e trava toda a rede assistencial.
Outro ponto crítico do relatório é a centralização progressiva da regulação, iniciada em 2020. Os complexos reguladores das regiões Sul e Sudoeste foram desmobilizados, e praticamente toda a demanda passou a depender da Central Estadual de Regulação (CER) — localizada em Salvador.
O TCE concluiu que essa concentração:
aumentou a pressão sobre a estrutura central;
ampliou o tempo de espera em regiões distantes;
dificultou o acesso de pacientes ao sistema;
prejudicou o fluxo assistencial em áreas já vulneráveis.
A auditoria reforça que a política adotada pelo governo baiano contrariou o princípio de descentralização, fundamental para sistemas de saúde de grande porte, e resultou em uma regulação lenta, ineficiente e incapaz de absorver a demanda crescente.
O resultado é um cenário de fila inflada, especialistas sobrecarregados e pacientes vulneráveis aguardando cada vez mais tempo — reflexo direto da gestão petista na saúde estadual.
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