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Jerônimo exibe trens sucateados como “VLT futuro” e ignora custo bilionário pago pela Bahia
Jerônimo exibe trens sucateados como “VLT futuro” e ignora custo bilionário pago pela Bahia
Governador ironiza série de empréstimos enquanto Estado já desembolsou R$ 701 milhões por composições paradas há mais de uma década; oposição fala em “Governo Crefisa”
Por: Redação
04/12/2025 às 07:39

Foto: Joá Souza/GOVBA
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), usou o lançamento de composições que supostamente integrarão o futuro VLT de Salvador para ironizar, nesta quarta-feira (3), as críticas aos 22 empréstimos contratados por sua gestão. Em tom de deboche, o petista exibiu papéis e declarou: “Olha aqui os empréstimos. Estão aqui, ó! Estão em entregas como essa, que chegaram hoje a Salvador.”
O que Jerônimo não mencionou é que o Estado pagará quase R$ 1,5 bilhão ao governo do Mato Grosso pela compra de 40 trens com sete vagões cada, todos parados há mais de dez anos em Cuiabá. As composições foram adquiridas em 2012 por R$ 497 milhões junto à empresa espanhola CAF, para um modal que jamais saiu do papel.
O Portal da Transparência mostra que a Bahia já desembolsou R$ 701 milhões e que o contrato segue vigente até fevereiro de 2028 — mesmo sem garantia de que o VLT baiano se tornará realidade.
Enquanto tenta transformar material antigo em promessa de modernização, o governo petista convive com críticas cada vez mais fortes sobre sua dependência de crédito externo. A Assembleia Legislativa aprovou esta semana mais um empréstimo, o 22º em apenas três anos, elevando para R$ 26 bilhões o montante contratado pelo Estado.
Para a oposição, a justificativa apresentada pelo governo é vaga e insuficiente. “Queremos saber em que vai ser empregada essa dinheirama”, afirmou o deputado Luciano Simões Filho (União Brasil).
O também oposicionista Sandro Régis (União Brasil) cunhou o apelido que já circula nos corredores da Alba: “Governo Crefisa”, numa referência irônica à prática do governo petista de recorrer sistematicamente ao endividamento.
O contraste entre a propaganda oficial e os números milionários reforça o desgaste da gestão, que tenta apresentar como “progresso” um projeto que, por enquanto, mais parece a compra de um VLT usado, caro e parado no tempo.
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