Advogado que denunciou Moraes na OEA é encontrado morto em Brasília
Luiz Felipe Cunha atuava na defesa de presos do 8 de Janeiro e acusava o STF de violar direitos humanos
Por: Redação
09/09/2025 às 08:47

Foto: Reprodução
O advogado Luiz Felipe Pereira da Cunha, de 56 anos, foi encontrado morto nesta segunda-feira (8), em Brasília. Segundo familiares, ele sofreu um mal súbito em casa, possivelmente um infarto. O corpo foi encaminhado ao IML.
Cunha ganhou notoriedade por atuar na defesa de presos políticos do 8 de Janeiro. Era advogado da patriota Adalgiza Maria Dourado, de 65 anos, que chegou a denunciar o ministro Alexandre de Moraes na Organização dos Estados Americanos (OEA), em abril, por supostas violações de direitos humanos dentro da penitenciária feminina da Colmeia.
O advogado também integrava a defesa do jornalista Oswaldo Eustáquio, hoje na Espanha, onde aguarda o resultado de um pedido de asilo político.
Em maio, pouco depois da denúncia à OEA, Moraes concedeu prisão domiciliar a Adalgiza, condenada a 16 anos de prisão. O ministro justificou a decisão com base na idade da ré e em problemas de saúde.
A morte repentina de Cunha ocorre em meio ao recrudescimento das decisões do STF contra manifestantes e apoiadores de Jair Bolsonaro (PL). Aliados apontam que o advogado era uma das poucas vozes que tentavam levar a discussão das arbitrariedades de Moraes para instâncias internacionais.
A Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) emitiu nota de pesar:
“As diretorias da Seccional do Distrito Federal da OAB e da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal lamentam o falecimento do advogado Luiz Felipe Pereira da Cunha. Neste momento difícil e delicado, a OAB-DF e a CAADF se solidarizam e desejam força, coragem e muita união aos familiares e amigos”.
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