Barroso classifica julgamento de Bolsonaro como “divisor de águas”

O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, classificou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados como um “divisor de águas” e afirmou que encerra “ciclos de atraso marcados pelo golpismo e pela quebra da legalidade constitucional”.

Barroso defendeu que o julgamento foi público, transparente e baseado em provas variadas, negando qualquer perseguição política:

“Tratou-se de um julgamento público, transparente, com devido processo legal, baseado em provas as mais diversas, vídeos, textos, mensagens e confissões.”

O ministro também destacou o voto divergente de Luiz Fux como sinal de pluralidade democrática, afirmando:

“Compreensões contrárias fazem parte da vida… só o desconhecimento profundo dos fatos ou uma compreensão descolada da realidade encontrará neste julgamento algum tipo de perseguição política.”

Para críticos, a defesa da “pluralidade” não apaga a percepção de que o STF adotou medidas duras contra a direita política, consolidando tensões entre o Judiciário e apoiadores de Bolsonaro.