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CPMI quer ouvir piloto de jatinho que liga senador Weverton ao “Careca do INSS”

CPMI quer ouvir piloto de jatinho que liga senador Weverton ao “Careca do INSS”

Aeronave de R$ 2,8 milhões é apontada como elo entre o parlamentar e lobista envolvido em esquema bilionário contra aposentados e pensionistas

Por: Redação

09/10/2025 às 12:26

Imagem de CPMI quer ouvir piloto de jatinho que liga senador Weverton ao “Careca do INSS”

Foto: Divulgação

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do INSS pretende votar, nesta quinta-feira (9), a convocação do piloto Reissanluz Sousa de Oliveira, apontado como um dos principais responsáveis por voos no jatinho utilizado pelo senador Weverton Rocha (PDT-MA) e pelo lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS.

Segundo a investigação, o avião — um Beechcraft F90 de prefixo PT-LPL — pertence ao advogado Erik Marinho, que defende o lobista no Supremo Tribunal Federal (STF). A aeronave foi usada em diversos trajetos entre Brasília, São Paulo e Maranhão, reforçando as suspeitas de vínculos entre Weverton e Careca.

 

Voo monitorado pela CPMI

Documentos revelam que o lobista usou o jatinho pelo menos duas vezes em 2024, em 2 de fevereiro e 13 de julho. Já o senador foi flagrado pela imprensa desembarcando do mesmo avião nos dias 1º e 15 de setembro de 2025, no Aeroporto Internacional de Brasília.

Além de Reissanluz, a CPMI também pretende convocar Henrique Traugott Binder Galvão, piloto ligado à Confederação Nacional de Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer). A entidade é uma das investigadas no esquema de descontos ilegais sobre benefícios previdenciários.

“Por ter conhecimento de quem utilizava as aeronaves como passageiro, ele está em posição privilegiada para oferecer informações relevantes sobre possíveis conexões com práticas fraudulentas que afetaram milhões de aposentados e pensionistas”, justificou o relator Alfredo Gaspar (União-AL).

 

Fraude bilionária

Careca do INSS é acusado de operar um esquema estimado em R$ 6 bilhões, envolvendo convênios fraudulentos, empresas de fachada e redes de call centers usados para aliciar aposentados. O caso resultou na queda do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e do ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi.

O lobista nega qualquer relação com parlamentares e afirma que apenas visitou a casa de Weverton para tratar de um suposto negócio de produtos à base de cannabis. Parlamentares da oposição, contudo, apontam que os voos compartilhados reforçam indícios de proximidade política.

 

Desdobramentos esperados

A convocação do piloto é tratada como peça-chave na estratégia da CPMI para mapear a rede de conexões logísticas e financeiras entre políticos, lobistas e entidades sindicais envolvidas no esquema.

O relator não descarta solicitar a quebra de sigilo de planos de voo, registros de passageiros e dados financeiros da operação aérea para identificar possíveis novos envolvidos.

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