Defesa de Bolsonaro critica cerceamento e diz acreditar na absolvição no STF
Advogados apontam “narrativa fantasiosa” da acusação e afirmam que Supremo não pode transformar julgamento em ato político
Por: Redação
03/09/2025 às 15:22

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O advogado Paulo Amador da Cunha Bueno, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou nesta quarta-feira (3) que confia na absolvição de seu cliente e que o Supremo Tribunal Federal (STF) não pode conduzir um julgamento de natureza política. A fala ocorreu durante a fase de sustentações orais no processo que investiga a chamada “trama golpista”.
“É uma narrativa fantasiosa. Esperamos que o pavimento político tenha se limitado à acusação. Não posso acreditar em um julgamento político onde se arrisca a penas altíssimas uma pessoa inocente. Não posso esperar isso do Supremo”, declarou Bueno, acrescentando que seguirá acreditando na inocência do ex-presidente.
A defesa foi dividida entre Bueno e o advogado Celso Vilardi. Ambos negaram qualquer participação criminosa de Bolsonaro, criticaram a delação do tenente-coronel Mauro Cid e apontaram violação ao direito de defesa.
“Não houve paridade de armas”, afirmou Vilardi. “São bilhões de documentos numa instrução de menos de 15 dias, seguida de interrogatório. Houve, efetivamente, com todo o respeito, um cerceamento do direito de defesa.”
O julgamento, que envolve Bolsonaro e outros sete réus apontados como integrantes do chamado “núcleo crucial”, deve se estender até o próximo dia 12. Após as sustentações da defesa, caberá à Primeira Turma do STF iniciar a votação, com o relator Alexandre de Moraes apresentando seu voto.
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