Moraes ironiza no plenário do STF ao falar sobre delação de Mauro Cid
Defesa de Bolsonaro chama acordo de “farsa” e acusa Corte de usar depoimentos contraditórios para sustentar narrativa
Por: Redação
04/09/2025 às 19:02

Foto: Adriano Machado
O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), voltou a protagonizar momentos de ironia e deboche no plenário da Corte, nesta quinta-feira (4), durante julgamento relacionado à Operação Lava Jato. Ao ser questionado pelo ministro Edson Fachin sobre eventual confisco de bens no caso do tenente-coronel Mauro Cid, delator da suposta trama golpista de 2022, Moraes fingiu não se lembrar.
“Que caso é esse, ministro Dino?”, ironizou Moraes, após Fachin interromper Flávio Dino para perguntar sobre o tema. Dino citou Mauro Cid, e Moraes respondeu que, no caso específico, não houve confisco de bens.
A fala foi recebida como mais um episódio do estilo provocador do ministro, que concentra em suas mãos os processos da chamada “trama golpista”. A defesa de Jair Bolsonaro (PL) tem questionado a validade da delação de Cid, apontando contradições e até omissões em seus depoimentos. Os advogados chegaram a classificar o acordo como uma “farsa” montada para sustentar a acusação contra o ex-presidente.
O debate ocorreu em meio à divergência de votos: André Mendonça destacou que a delação, por si só, já caracteriza confissão e justifica o confisco de bens; Flávio Dino, por outro lado, disse que a delação não deve ser tratada como prova absoluta, citando justamente o caso de Mauro Cid.
O julgamento do núcleo 1 da suposta trama golpista deve ser retomado na próxima semana. Antes de avançar no mérito, os ministros precisam decidir sobre as preliminares, entre elas a validade da delação premiada de Cid, peça central para o inquérito contra Bolsonaro e aliados.
Veja mais em >>> Rede Comunica Brasil
Assine nossa news letter
Receba as principais notícias do dia direto no seu e-mail.