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Deputado protocoliza notícia-crime contra Lula por suposto racismo em propaganda
Deputado protocoliza notícia-crime contra Lula por suposto racismo em propaganda
Helio Lopes acusa presidente de reiteradas declarações discriminatórias e pede investigação da PGR
Por: Redação
27/08/2025 às 12:40

Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) virou alvo de uma notícia-crime protocolada na Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo deputado federal Helio Lopes (PL-RJ), que o acusa de cometer crime de racismo. O episódio teria ocorrido em 21 de agosto, em Sorocaba (SP), durante a entrega de unidades odontológicas móveis.
Segundo o parlamentar, Lula se manifestou de forma discriminatória ao comentar uma peça publicitária do governo que mostrava um homem negro, idoso e sem dentes, distribuída em um evento na Alemanha.
“É inadmissível que um presidente da República use palavras que diminuem e estigmatizam a população negra. Esta é a terceira vez que Lula repete esse tipo de comportamento. Não podemos permitir que tais condutas, que afrontam a nossa Constituição, permaneçam impunes”, declarou Lopes.
Em suas falas, o presidente questionou a escolha da fotografia, afirmando: “Escuta aqui, por que você colocou essa fotografia desse senhor negro sem dente? Você acha isso bonito? Isso é fotografia para você colocar representando o Brasil no exterior? Um cara sem dente e ainda negro. Você não acha que isso é preconceito?”
O documento enviado à PGR ressalta que este não é um episódio isolado. Ele cita outras duas manifestações de Lula, ocorridas em 2023 e 2024, que também teriam caráter discriminatório, indicando um padrão de conduta que poderia se enquadrar na Lei 7.716/1989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor.
Helio Lopes argumenta que a reincidência evidencia a necessidade de uma resposta firme das instituições. “A reiteração das falas impõe uma resposta estatal proporcionalmente enérgica”, afirmou.
A notícia-crime solicita que a PGR investigue os fatos e, caso considere procedente, apresente denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF). Caso a denúncia seja aceita, caberá à Corte avaliar se o presidente deverá responder formalmente pelo suposto crime de racismo.
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