Eduardo Bolsonaro diz que sanções contra Moraes “ainda vão piorar”

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (27) que a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ainda deve gerar consequências mais graves. Segundo ele, as sanções impostas pelos Estados Unidos representam apenas o início de um processo que pode se estender a pessoas próximas ao magistrado.

A declaração foi feita durante reunião da Subcomissão Especial de Fiscalização e Direitos dos Presos do 8 de Janeiro, em Brasília. Eduardo relatou que desde 2018 mantém contatos frequentes com autoridades norte-americanas, e que sua atuação se intensificou durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O deputado disse ter participado de mais de 30 encontros com representantes do mercado financeiro e do Departamento de Estado dos EUA, nos quais buscou detalhar mudanças políticas no Brasil e defender sanções contra integrantes do Judiciário, em especial contra Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.

As penalidades já em vigor incluem congelamento de bens e restrições de visto, aplicadas dentro do marco da Lei Magnitsky, mecanismo que autoriza punições a estrangeiros acusados de violações de direitos humanos ou atos de corrupção. O caso gerou forte repercussão diplomática, com críticas do governo brasileiro, que considera a medida uma ingerência externa sobre a soberania nacional e o funcionamento do STF.

Eduardo Bolsonaro tem buscado também ampliar o alcance dessas sanções para a União Europeia, em um esforço de replicar internacionalmente o movimento iniciado nos Estados Unidos. Ele afirmou que “o pior ainda está por vir” e sugeriu que novos alvos podem surgir nos próximos meses. A escalada aumenta a tensão entre Poderes no Brasil e marca mais um capítulo da crise institucional que envolve o Supremo e setores da oposição ligados ao bolsonarismo.