Governo Lula vai gastar até US$ 3,5 milhões em defesa de Moraes nos EUA
AGU contrata escritório norte-americano para contestar sanções de Donald Trump contra o Brasil e contra o ministro do STF
Por: Redação
27/08/2025 às 21:52

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou nesta quarta-feira (27) que vai desembolsar até US$ 3,5 milhões (cerca de R$ 19 milhões), ao longo de 48 meses, para contratar o escritório Arnold & Porter Kaye Scholer LLP, sediado nos Estados Unidos. A missão da banca é contestar judicialmente as sanções impostas pelo presidente americano Donald Trump ao Brasil e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O contrato, firmado sem licitação, foi justificado pela AGU com base na “especialização do escritório em litígios internacionais”. A firma, com mais de mil advogados em 16 países, terá a tarefa de atuar contra tarifas comerciais e contra a aplicação da Lei Magnitsky a Moraes — sanção que, no sistema jurídico norte-americano, não permite recurso judicial direto.
Na prática, Moraes só pode tentar se defender protocolando um pedido junto ao Ofac (Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA), para o qual precisa de advogado habilitado nos Estados Unidos.
Segundo a AGU, os pagamentos serão proporcionais aos serviços prestados, que incluem: consultoria, pareceres, representação judicial, análise de cenários de sanções e assessoria em litígios tarifários.
Apesar de o governo alegar que se trata da defesa dos interesses brasileiros, críticos apontam que o contrato evidencia a prioridade em blindar um ministro aliado do governo Lula em detrimento de pautas econômicas urgentes.
Atualmente, a AGU mantém outros 17 contratos com escritórios de advocacia em 11 países. Entre eles, estão processos de repatriação de bens e casos de extradição ligados à manifestação em 8 de janeiro de 2023.
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