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Revelações expõem atuação hostil de assessores de Moraes contra Carla Zambelli

Revelações expõem atuação hostil de assessores de Moraes contra Carla Zambelli

Por: Redação

27/08/2025 às 21:50

Imagem de Revelações expõem atuação hostil de assessores de Moraes contra Carla Zambelli

Foto: Cleia Viana

Mensagens trocadas em outubro de 2022 revelam que auxiliares do ministro Alexandre de Moraes, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), agiram com mensagens hostis e ofensivas contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). O conteúdo, obtido com exclusividade pela Revista Oeste, reforça acusações de que um “gabinete paralelo” operava discretamente para monitorar e silenciar críticos do Judiciário.

Trocas de mensagens expõem tom de perseguição

Em uma das conversas, o então chefe da Unidade Especial de Combate à Desinformação do TSE, Eduardo Tagliaferro, compartilhou em um grupo de WhatsApp um link de uma postagem de Zambelli no Facebook — hoje removida. Ele escreveu: “Ela está pegando pesado agora”, antes de afirmar que salvaria a publicação no site Verifact para não perdê-la.

A reação foi imediata: Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes no TSE, respondeu com “Boa!”, seguida de “Esse post é bom de ferrar com essa mulher.” A frase foi celebrada com aplausos por Airton Vieira, assessor do STF ligado ao ministro.

Dias depois, novas mensagens reforçaram o tom agressivo. Após Zambelli publicar em sua conta no Instagram, Vargas comentou com ironia: “Absurdo é a idiota dizer que tem orgulho da mãe.”
A seguir, Tagliaferro respondeu: “Vamos fazer uma surpresa para a diplomação. Estou documentando tudo.” Mais adiante, Vieira comentou: “Hoje o ministro disse que assinaria o bloqueio da conta dela.”

Consequências e processo judicial

As mensagens reforçam a percepção de que Zambelli estava no centro de uma articulação institucional para limitar sua atuação pública. Hoje, a deputada cumpre pena na Itália, detida desde julho como parte de processo de extradição por condenações no STF por invasão de sistemas e falsificação de documentos do Conselho Nacional de Justiça. Enquanto isso, a defesa argumenta que ela é alvo de perseguição política.

Criticam-se, também, o uso irregular da estrutura do TSE para fins político-punitivos e a quebra de princípios jurídicos como o contraditório, a imparcialidade e a separação funcional dos poderes — especialmente ao constatar que decisões surgiram de trocas privadas, sem processo legal formal, e partindo de assessores que agiram de forma coordenada.

As revelações se inserem na série “Vaza Toga”, que vem trazendo informações comprometedoras sobre a atuação do Judiciário em grupos paralelos e informais. Com base em investigações anteriores e novas evidências, a série coloca em xeque práticas dentro do STF e TSE que podem comprometer a independência institucional e os direitos civis.

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