Eduardo Bolsonaro rebate governador de Mato Grosso e o chama de “político bosta”: “Sou exilado por causa de frouxos como você”

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu duramente neste domingo (9) às declarações do governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), que havia dito que o parlamentar “enlouqueceu” e “fala bobagem”.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou Mendes de “político bosta” e o acusou de “frouxidão” e falta de coragem diante do avanço do autoritarismo no país.

“Senhor Mauro Mendes, se o senhor não tem coragem de chamar as coisas pelo nome, não me culpe pela sua frouxidão. Porque se estou hoje vivendo no exílio, é por causa de políticos bostas igual ao senhor — com essa opiniãozinha que vende para o público a responsabilização dos outros pela sua falta de coragem”, disse o deputado.

Eduardo afirmou que vive nos Estados Unidos por perseguição política e associou sua situação ao tarifaço americano contra o Brasil, lembrando que o presidente Donald Trump atribuiu as medidas econômicas à pressão de governos de esquerda contrários a Bolsonaro.

“Nossos inimigos, os ditadores, ficam confortáveis para expandir o seu poder quando veem políticos covardes como o senhor tentando agradar a mídia progressista”, completou.

Desafio político

No vídeo, o parlamentar ainda desafiou Mauro Mendes a agir em defesa do ex-presidente:

“Não vai adiantar ficar com esse discursinho de que ‘sou fiel ao Bolsonaro’, quando a sua prática não condiz com o que você fala. Se tem coragem, movimente sua base pela anistia do presidente Bolsonaro”, provocou.

A origem da polêmica

Na semana anterior, Mendes havia criticado as falas de Eduardo sobre o tarifaço de Trump, afirmando que o deputado “está louco” e “vive fora da realidade brasileira”.

“Está lá nos Estados Unidos, longe da realidade. Fez uma lambança gigante quando defendeu o tarifaço de Trump. Foi um grande equívoco e está cometendo outro. Ele está perdendo tempo de ficar calado”, afirmou o governador.

As trocas de farpas ocorrem num momento de reorganização do campo conservador, em que aliados de Bolsonaro buscam consolidar novas lideranças regionais e pressionar por anistia e liberdade política para o ex-presidente.