EUA endurecem discurso e chamam Moraes de “ator estrangeiro maligno”

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou nesta segunda-feira (22) que todos os que “protegem atores estrangeiros malignos” serão responsabilizados. A declaração foi feita após a aplicação da Lei Magnitsky contra Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

No comunicado, Rubio classificou Viviane como “facilitadora” do magistrado e voltou a acusar Moraes de “instrumentalizar os tribunais”. “Essas sanções se baseiam em uma série de ações tomadas pelo governo Trump para responsabilizar Moraes por abuso de autoridade, criação de um complexo de censura, ataque flagrante a oponentes políticos e graves violações de direitos humanos”, disse o chanceler norte-americano.

A nova medida foi anunciada um dia antes da abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York. Moraes já havia sido alvo de sanções em julho, quando os EUA atribuíram ao ministro a adoção de práticas consideradas autoritárias no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A Lei Magnitsky é utilizada por Washington para punir autoridades acusadas de violar direitos humanos ou de praticar corrupção em outros países. Com as sanções, tanto Moraes quanto sua esposa estão proibidos de entrar nos Estados Unidos e de manter relações comerciais com empresas americanas.