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Ex-assessor de Moraes entrega provas aos EUA e critica atuação do ministro do STF

Ex-assessor de Moraes entrega provas aos EUA e critica atuação do ministro do STF

Eduardo Tagliaferro afirma que decisões do gabinete de Alexandre de Moraes seguem “rito inverso” e acusa o ministro de basear ações em reportagens, não em investigações oficiais

Por: Redação

03/09/2025 às 11:43

Tagliaferro confirma denúncia de fraude de Moraes e diz que decisões partiram de reportagens

Foto: Reprodução

O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, confirmou nesta quarta-feira (3) que entregou provas contra Moraes ao governo dos Estados Unidos e ao Senado brasileiro. Em entrevista ao programa Café com a Gazeta, Tagliaferro afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal “age por impulso, pelo que vê na imprensa” e “desrespeita o rito comum da justiça”.

“Enquanto eu respirar, ele [Moraes] pode fazer o que quiser, não vai impedir que eu faça o que deve ser feito, de levar a verdade a todos os parlamentos, de levar ao mundo as atrocidades, as violações dos direitos humanos que Alexandre Moraes está cometendo”, declarou o ex-assessor.

Segundo Tagliaferro, o gabinete de Moraes pratica um “rito inverso”, em que decisões são tomadas antes de se reunir qualquer prova ou investigação oficial, construindo justificativas apenas depois. Ele citou como exemplo a ordem de busca e apreensão emitida contra empresários de direita em agosto de 2022, após vazamento à imprensa de mensagens privadas de WhatsApp. Na ocasião, Moraes teria alegado que os empresários defendiam um golpe de Estado, mas posteriormente arquivou as investigações.

“Tudo o que parte do gabinete de Alexandre de Moraes trata-se de rito inverso. Ao invés de partir de uma denúncia da Polícia Federal, do Ministério Público ou de outra investigação, o ministro já sabe o que quer e faz com que aconteça”, disse Tagliaferro.

O ex-assessor confirmou ainda que os relatórios utilizados para sustentar decisões eram produzidos com datas retroativas, levantando dúvidas sobre a voluntariedade e a forma de condução de processos, especialmente em delações premiadas.

Em nota enviada à Gazeta do Povo, o gabinete de Moraes afirmou que “todos os procedimentos realizados nas investigações sobre supostas milícias digitais e desinformação foram oficiais, regulares e documentados nos autos”. Sobre a ordem de busca e apreensão de agosto de 2022, o gabinete reforçou que o procedimento foi conduzido de acordo com a lei, com relatórios anexados oficialmente aos autos.

Tagliaferro havia relatado situações semelhantes em audiência pública na Comissão de Segurança do Senado, ocorrida na terça-feira (2), e reiterou suas críticas à condução das investigações por Moraes. Segundo ele, as ações do ministro teriam seguido mais o que era divulgado na imprensa do que provas reunidas por órgãos competentes.

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