“Gilmarpalooza” reúne ministros e políticos em evento na Argentina

O 1º Fórum de Buenos Aires, apelidado de “Gilmarpalooza”, teve início nesta quarta-feira (5) na capital argentina, reunindo nove ministros de tribunais superiores do Brasil, além de autoridades do governo Lula e nomes do Congresso Nacional.

Organizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, o evento marca a primeira edição fora de Lisboa, onde tradicionalmente é realizado. O nome, inspirado no festival musical Lollapalooza, virou sinônimo de encontro entre autoridades do Judiciário, políticos e empresários.

Participação de ministros e políticos

Do STF, estão presentes Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. Já do Superior Tribunal de Justiça (STJ), participam Luís Felipe Salomão, Benedito Gonçalves, Sebastião Reis Júnior, Paulo Sérgio Domingues e Ricardo Villas Bôas Cueva.

Também confirmaram presença os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Floriano de Azevedo Marques Neto e Estela Aranha.

Entre os políticos convidados estão o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cotado para futura vaga no STF. Também participam Marcos Pereira (Republicanos-SP), Eduardo Gomes (PL-TO), Tabata Amaral (PSB-SP) e Janaína Riva (MDB-MT).

Além dos representantes políticos, o evento atraiu o setor financeiro. O chairman do BTG Pactual, André Esteves, e o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco, estão entre os convidados.

Organização e recursos

O fórum é promovido pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP) — fundado por Gilmar Mendes — em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV Justiça), a Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires e o Fórum de Integração Brasil-Europa (FIBE).

Após questionamentos, o IDP afirmou que o evento é custeado com recursos próprios das instituições organizadoras e não utiliza verba pública.

O tema central do fórum em 2025 é “Blocos Econômicos, Desenvolvimento e Segurança Jurídica”, e conta com painéis sobre integração regional e estabilidade institucional.

Apelidado por críticos como “Gilmarpalooza” devido ao prestígio e à amplitude dos convidados, o evento gera controvérsias entre opositores que apontam proximidade excessiva entre Judiciário, Executivo e setor financeiro, num momento de desconfiança pública quanto à neutralidade das instituições.