Investigação aponta pagamento de R$ 7 milhões a Sarney Filho em esquema do INSS

Uma reportagem exclusiva do Metrópoles divulgou nesta semana que um dos alvos da operação conhecida como “Farra do INSS” teria efetuado pagamentos de cerca de R$ 7 milhões ao ex-ministro e ex-senador Sarney Filho (PV-MA). Segundo a matéria, o montante teria sido direcionado como forma de propina ou benefício indevido dentro do esquema criminoso que desviava recursos previdenciários.

De acordo com a reportagem, o preso envolvido no caso seria um dos operadores centrais da organização, e o pagamento para Sarney Filho figura como um dos pontos mais sensíveis da investigação, dada a visibilidade política do nome. A transação foi revelada por documentos sigilosos reunidos durante buscas e apreensões que integram o inquérito que investiga desvios no Instituto Nacional do Seguro Social.

Não está claro, até o momento, se o valor foi pago de uma só vez ou por meio de parcelas dissimuladas. A reportagem aponta que o montante estaria relacionado a contratos falsos, emissão de benefícios fraudulentos e atuação de “laranjas” no processo de concessão indevida de auxílios previdenciários.

Reação e defesas
Fontes ligadas a Sarney Filho já estão sendo ouvidas nos autos, segundo interlocutores da investigação. Até o fechamento desta matéria, não houve resposta oficial do ex-ministro. Advogados próximos afirmam que todas as operações financeiras de Sarney Filho teriam respaldo documental e legal, e que qualquer suspeita será esclarecida em sede judicial.

Contexto da "Farra do INSS"
A operação “Farra do INSS” mobiliza autoridades federais para investigar desvios de recursos previdenciários por meio de fraudes em benefícios, falsificação de documentos e uso de intermediários para lavar valores. Vários agentes públicos e privados já foram denunciados, e novas fases da investigação seguem sendo deflagradas.

Se confirmadas as acusações, o episódio deverá gerar forte repercussão política, uma vez que envolve um nome consagrado no cenário nacional e levanta suspeitas sobre influência indevida no processo de obtenção de recursos públicos.