Mauro Cid pede baixa do Exército por problemas psicológicos
Advogados destacam desgaste do processo e perda da carreira militar em sustentação oral no STF
Por: Redação
02/09/2025 às 16:30

Foto: Lula Marques/Agência Brasil
A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou nesta terça-feira (2) que o tenente-coronel solicitou baixa do Exército alegando problemas psicológicos. O relato foi feito durante sustentação oral na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), no julgamento da ação penal sobre a suposta trama golpista atribuída a Bolsonaro e outros sete réus.
O advogado Jair Alves Pereira destacou que, em razão do acordo de delação premiada, Cid “perdeu tudo”: a carreira militar, a rotina familiar e contatos sociais.
“Não é exigível que se pretenda que um colaborador que se expôs do que se expôs Mauro Cid, que literalmente perdeu a carreira, consiga manter tudo intacto. Ele se afastou da família, amigos e de uma carreira militar que era seu sonho”, disse.
Segundo a defesa, o desgaste do processo motivou a decisão do tenente-coronel de abandonar a carreira militar.
“Se ele dá sustentação e dinâmica dos fatos, por que não teria os benefícios ajustados no acordo? Não seria justo que o Estado, agora, depois de tudo isso, exigisse que ele continue atuando em funções militares, mesmo sob cautelar diversa da prisão por mais de dois anos?”, questionou Pereira.
Os advogados também explicaram que eventuais contradições nas oitivas de Cid à Polícia Federal são compreensíveis diante da pressão sofrida.
“Não posso exigir, pelo abalo psicológico, pelas mudanças de advogado e de tese, que ele não possa eventualmente escorregar. Nada disso compromete o acordo de delação”, afirmou.
A defesa confirmou que Mauro Cid já deu entrada no processo de baixa do Exército.
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