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Músicos baianos denunciam calote de shows contratados pelo governo estadual

Músicos baianos denunciam calote de shows contratados pelo governo estadual

Artistas relatam dívidas de anos e acusam a Sufotur de atrasar pagamentos herdados da antiga Bahiatursa

Por: Redação

11/09/2025 às 09:36

Imagem de Músicos baianos denunciam calote de shows contratados pelo governo estadual

Foto: Antônio Queiros/GovBa

Diversos músicos baianos denunciam atraso no pagamento de cachês de shows contratados pelo Governo do Estado, por meio da Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur). Os contratos, herdados da antiga Bahiatursa, nunca foram quitados, mesmo após anos de espera.

O cantor Genàrd Melo tornou público o problema nesta semana, relatando uma dívida de aproximadamente R$ 200 mil referente a seis apresentações em Salvador e no interior, incluindo o São João de 2023. Algumas das pendências remontam a 2018 e 2019. “Peguei empréstimo de R$ 50 mil para bancar os shows e fiquei endividado. Entrei em depressão”, afirmou o artista, que hoje complementa a renda vendendo comida por aplicativo.

O desabafo provocou reação imediata de outros músicos. O forrozeiro Valney José, da região do Vale do Jiquiriçá, contou que deixou de receber R$ 8 mil por uma apresentação no Parque de Exposições, em 2023. “Investi R$ 5 mil em transporte e banda, fiquei no prejuízo”, disse.

 

Reincidência e medo de represália

Segundo o advogado Paulo Aguiar, que representa artistas em ações judiciais, a situação não é inédita. “Esse problema vem desde a Bahiatursa. Há bandas que se apresentaram em 2018 e 2019 e até hoje não receberam. Muitos não denunciam por medo de retaliação, já que dependem dessas contratações”, explicou.

Além dos atrasos, artistas acusam a Sufotur de favorecer determinadas atrações. Há ainda denúncias de pedidos para emissão de notas fiscais falsas como forma de justificar contratos durante períodos festivos.

 

Mudança no comando

A crise se agravou em meio a trocas sucessivas de chefia. Nesta semana, Gustavo Stelitano Lira Gonçalves, ligado ao gabinete do governador Jerônimo Rodrigues (PT), assumiu a superintendência, substituindo Ângela Fucs.

O histórico do órgão também é alvo de questionamentos. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) desaprovou as contas da antiga Bahiatursa em 2019, 2022, 2023 e 2024. No primeiro desses anos, determinou a devolução de R$ 281 mil por irregularidades — justamente quando Genàrd Melo se apresentou sem ser pago.

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