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Oposição pressiona para votação de urgência da anistia que pode incluir Bolsonaro
Oposição pressiona para votação de urgência da anistia que pode incluir Bolsonaro
PL e aliados esperam mais de 300 votos para aprovar medida que beneficiaria condenados pelo STF nos atos de 8 de janeiro de 2023; base governista tenta limitar alcance
Por: Redação
17/09/2025 às 10:52

Foto: José Cruz/Agência Brasil
A bancada da oposição, liderada pelo PL de Jair Bolsonaro, pressiona para que o pedido de urgência do projeto de lei que prevê anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 seja votado nesta quarta-feira (17). A expectativa é que a urgência seja aprovada e que o mérito da proposta seja analisado nos próximos dias, incluindo a definição sobre se o ex-presidente e outros réus condenados pelo STF por tentativa de golpe de Estado serão beneficiados.
A sinalização de que o projeto entraria na pauta foi dada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), após acordo que destravou a votação da PEC da Imunidade na terça-feira (16). Uma nova reunião de líderes está marcada para a tarde desta quarta para confirmar a inclusão da anistia na pauta plenária.
Líderes do Centrão ainda não chegaram a consenso sobre o mérito e amplitude da anistia, que será definida pelo relator a ser escolhido por Hugo Motta — o deputado Tião Medeiros (PP-PR) está entre os cotados. Deputados governistas tentam impedir que Bolsonaro e os demais do chamado “núcleo 1” sejam incluídos, enquanto a oposição busca garantir que a medida seja “ampla, geral e irrestrita”.
A deputada Bia Kicis (PL-DF) afirmou:
“Foi assim que sequestradores, assassinos, guerrilheiros e terroristas receberam a anistia para pacificar o país. O que queremos é virar essa página da história, com anistia para todos os crimes e não crimes cometidos, e seguir em frente.”
Deputados da oposição projetam mais de 300 votos favoráveis ao requerimento de urgência. Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, declarou:
“Vamos votar a urgência do texto, esperar Hugo Motta designar o relator e depois discutiremos o mérito.”
O governo Lula tenta frear o avanço da medida. A ministra Gleisi Hoffmann se reuniu na terça-feira com integrantes do Centrão para discutir estratégias de reação, após Motta indicar que não conseguiria impedir a votação da urgência.
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