Padilha avalia viagem à ONU após EUA cancelarem vistos de familiares

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), afirmou nesta terça-feira (19) que ainda analisa se viajará a Nova York em setembro para participar da conferência da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Assembleia Geral da ONU. A declaração ocorre após os Estados Unidos cancelarem os vistos da esposa e da filha do ministro, em retaliação ao governo brasileiro.

O próprio visto de Padilha não foi afetado, já estando vencido desde 2024. Ele ressaltou que, de acordo com o chamado “acordo de sede” da ONU, o país anfitrião deve garantir entrada às autoridades convidadas, mas que sua ida dependerá do cenário interno do Brasil.

Padilha classificou a medida americana como “covarde” e afirmou que não tem intenção de ir à Disney, minimizando o impacto sobre sua agenda pessoal. Ele disse ainda que manterá contato com familiares em outros locais, apesar das sanções.

A revogação de vistos atinge também integrantes do governo brasileiro ligados à criação do programa Mais Médicos, criado em 2013 para levar profissionais a regiões remotas e vulneráveis. O ministro reforçou que a medida não afetará a política pública:

— Seguiremos firmes na ampliação da assistência em regiões remotas, vulneráveis ou sem profissionais de saúde — declarou.

O Mais Médicos visa ampliar a cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS) e garantir atendimento em localidades com carência de profissionais.