Parlamentares apoiam caminhada pela anistia em Brasília

Deputados federais da oposição se unem, nesta terça-feira (7), à Caminhada pela Anistia, em Brasília, um ato pacífico que pede anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro de 2023. O evento tem início às 16h, com concentração na Catedral de Brasília, de onde os participantes seguem pela via Eixo Monumental em direção ao Congresso Nacional.

A mobilização, organizada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, busca sensibilizar o Parlamento sobre o que chamam de “injustiças cometidas contra cidadãos que protestaram pacificamente”.

O deputado Filipe Barros (PL-PR), presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Credn), afirmou que o movimento representa a união dos que “lutam pelos brasileiros que sofrem na pele a maior injustiça da história do país”. Ele reforçou o caráter ordeiro da ação e pediu que os manifestantes “cobrem educadamente seus representantes”, acrescentando que “o que está por vir será decisivo”.

Apoio parlamentar e pressão popular

Nos bastidores, parlamentares da base conservadora defendem que o Congresso precisa debater a anistia com urgência, como forma de encerrar um ciclo de polarização e restaurar a confiança nas instituições.

Enquanto isso, movimentos de direita organizam caravanas de diversos estados para reforçar a presença em Brasília, demonstrando que o tema segue mobilizando parte expressiva da sociedade.

Contexto político

A proposta de anistia aos detidos do 8 de Janeiro vem ganhando força entre partidos conservadores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, que argumentam que muitos dos presos não participaram de depredações e foram punidos de forma desproporcional.

Para setores da esquerda e parte do Judiciário, no entanto, a medida seria um retrocesso na responsabilização dos envolvidos.