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Paulinho da Força admite arrependimento por relatar projeto alternativo à anistia do 8 de Janeiro
Paulinho da Força admite arrependimento por relatar projeto alternativo à anistia do 8 de Janeiro
Deputado enfrenta resistência de governistas e oposicionistas e diz que não aceitaria novamente a relatoria da proposta que substituiu anistia por redução de penas
Por: Redação
23/10/2025 às 10:19

Foto: José Cruz/Agência Brasi
O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) afirmou nesta quinta-feira (23) que se arrepende de ter assumido a relatoria do projeto que substituiu a proposta de anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro por uma alternativa que trata apenas da dosimetria das penas. A manobra ocorreu após resistência no Senado, liderada pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre.
Desde que assumiu a função, Paulinho tem sido pressionado por governistas e oposicionistas e admite que “hoje não aceitaria” o cargo de relator.
Críticas da oposição e frustração política
O parlamentar tentou costurar um acordo entre partidos de esquerda, direita e familiares de presos políticos, mas não conseguiu apoio suficiente. A direita criticou duramente a mudança da proposta, acusando Paulinho de “tirar a essência” da anistia ao não incluir um dispositivo que beneficiasse Jair Bolsonaro e outros condenados.
“Eles não querem, de fato, fazer anistia, que é o que cabe ao Legislativo. A dosimetria é competência do Judiciário. Por isso, sabendo que o relator está servindo como instrumento de manobra de um ministro do STF, inclusive Alexandre de Moraes, já adianto aqui: eu e outros deputados votaremos contra esse embuste de relatório”, declarou o vice-líder da oposição, Ubiratan Sanderson (PL-RS).
Proposta dividiu Congresso
A versão defendida por Paulinho — apelidada de “PL da Dosimetria” — propõe reduzir o tempo de prisão dos condenados, inclusive de Bolsonaro, mas mantém as condenações, contrariando tanto os que pedem anistia “ampla, geral e irrestrita” quanto parte da base governista.
Para setores conservadores, a iniciativa foi vista como uma tentativa de esvaziar a anistia real, preservando as decisões do Supremo Tribunal Federal e a liderança de Alexandre de Moraes sobre o caso.
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