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A Pol&iacute;cia Federal do Brasil (PF) informou que poder&aacute; suspender a emiss&atilde;o de passaportes em todo o pa&iacute;s a partir de 3 de novembro caso o governo federal n&atilde;o libere recursos adicionais de R$ 97,5 milh&otilde;es. O alerta foi formalizado em of&iacute;cio enviado pelo Minist&eacute;rio da Justi&ccedil;a e Seguran&ccedil;a P&uacute;blica ao Minist&eacute;rio do Planejamento e Or&ccedil;amento na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (22).
O montante &eacute; necess&aacute;rio para manter o contrato com a Casa da Moeda do Brasil, respons&aacute;vel pela produ&ccedil;&atilde;o e personaliza&ccedil;&atilde;o dos documentos de viagem, al&eacute;m de garantir o funcionamento dos sistemas de dados de brasileiros e estrangeiros. Segundo a PF, 95% do or&ccedil;amento atual de R$ 330 milh&otilde;es j&aacute; est&aacute; comprometido.
O passaporte brasileiro &eacute; um dos mais bem avaliados no mundo, garantindo entrada facilitada em dezenas de pa&iacute;ses sem necessidade de visto. A suspens&atilde;o do servi&ccedil;o poderia afetar milhares de cidad&atilde;os e gerar filas ainda maiores nos postos de atendimento.

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O governo dos Estados Unidos deve ampliar a lista de autoridades brasileiras que poder&atilde;o ter seus vistos revogados, em mais um movimento de press&atilde;o sobre figuras pr&oacute;ximas ao governo Luiz In&aacute;cio Lula da Silva. Nesta semana, integrantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos consultaram o deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo para obter informa&ccedil;&otilde;es e avan&ccedil;ar no mapeamento dos poss&iacute;veis alvos.
Segundo fontes diplom&aacute;ticas, a an&aacute;lise n&atilde;o significa que todos os nomes indicados ser&atilde;o automaticamente punidos. Cada caso passar&aacute; por avalia&ccedil;&atilde;o individual do governo Donald Trump, refor&ccedil;ando que a medida &eacute; estrat&eacute;gica e seletiva.
Essa nova rodada de poss&iacute;veis san&ccedil;&otilde;es ocorre em meio a um cen&aacute;rio delicado nas rela&ccedil;&otilde;es bilaterais. Apesar de Lula manter canais de di&aacute;logo abertos com Trump, a Casa Branca divulgou nota oficial reafirmando cr&iacute;ticas ao ministro Alexandre de Moraes, classificando-o novamente como &ldquo;violador de direitos humanos&rdquo;.
A tens&atilde;o diplom&aacute;tica se soma ao distanciamento entre Washington e Bras&iacute;lia em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; Venezuela. Enquanto os EUA endurecem sua postura contra o regime chavista, o governo Lula tenta adotar um discurso mais ameno, em uma tentativa de &ldquo;marcar posi&ccedil;&atilde;o sem comprar briga&rdquo;, segundo diplomatas do Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores do Brasil.
Neste ano, os EUA j&aacute; revogaram vistos de diversas autoridades, incluindo oito ministros do Supremo Tribunal Federal, al&eacute;m dos titulares da Advocacia-Geral da Uni&atilde;o, Jorge Messias, e da Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de do Brasil, Alexandre Padilha. Moraes e sua esposa, Viviane Barci de Moraes, foram sancionados com base na Lei Magnitsky, que imp&otilde;e restri&ccedil;&otilde;es severas, incluindo a proibi&ccedil;&atilde;o de entrada nos EUA.
Nos bastidores, parlamentares veem a atua&ccedil;&atilde;o de Eduardo Bolsonaro junto ao governo Trump como um canal de influ&ecirc;ncia pol&iacute;tica importante nesse novo momento da rela&ccedil;&atilde;o Brasil-EUA &mdash; ampliando o peso da oposi&ccedil;&atilde;o conservadora no cen&aacute;rio internacional.

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Com a possibilidade de decreta&ccedil;&atilde;o da pris&atilde;o definitiva do ex-presidente Jair Bolsonaro em regime fechado, o Partido Liberal (PL) decidiu intensificar a press&atilde;o para votar o PL da Anistia no in&iacute;cio de novembro. A sigla pretende levar o tema diretamente ao presidente da C&acirc;mara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), na pr&oacute;xima reuni&atilde;o de l&iacute;deres, marcada para ter&ccedil;a-feira (28).
A ofensiva ocorre ap&oacute;s a publica&ccedil;&atilde;o do ac&oacute;rd&atilde;o do julgamento da chamada &ldquo;trama golpista&rdquo; pelo Supremo Tribunal Federal (STF), na quarta-feira (22). O relator, ministro Alexandre de Moraes, poder&aacute; determinar o in&iacute;cio imediato do cumprimento da pena assim que os recursos forem esgotados &mdash; o que, segundo advogados, deve ocorrer at&eacute; o fim de novembro. Bolsonaro est&aacute; em pris&atilde;o domiciliar desde agosto.
&ldquo;Alexandre acelerou para publicar o ac&oacute;rd&atilde;o. T&iacute;nhamos combinado com o Centr&atilde;o de dar um tempo nesse pedido. Mas agora n&atilde;o tem como esperar mais e vamos levar a pauta da anistia ao presidente Hugo na pr&oacute;xima semana&rdquo;, afirmou S&oacute;stenes Cavalcante (PL-RJ), l&iacute;der do partido na C&acirc;mara.
A estrat&eacute;gia do PL &eacute; for&ccedil;ar a vota&ccedil;&atilde;o do projeto, aprovado em regime de urg&ecirc;ncia em setembro, e apresentar um destaque que resgata a proposta original: o perd&atilde;o total aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. O relator da mat&eacute;ria, Paulinho da For&ccedil;a (Solidariedade-SP), tentou transformar o texto em um &ldquo;PL da Dosimetria&rdquo; &mdash; focado apenas na redu&ccedil;&atilde;o das penas &mdash;, mas enfrenta resist&ecirc;ncia pol&iacute;tica e falta de apoio para aprovar sua vers&atilde;o.
Embora o Centr&atilde;o esteja dividido e a esquerda rejeite a proposta, o PL aposta na articula&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica para colocar o tema no plen&aacute;rio. At&eacute; agora, Hugo Motta tem sinalizado que s&oacute; pautar&aacute; o texto se houver acordo com o Senado para avan&ccedil;ar em paralelo, evitando desgaste entre os deputados. No entanto, n&atilde;o h&aacute; at&eacute; o momento sinaliza&ccedil;&atilde;o de alinhamento do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (Uni&atilde;o-AP).

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O governo dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (26) san&ccedil;&otilde;es econ&ocirc;micas contra o presidente da Col&ocirc;mbia, Gustavo Petro, sua esposa Ver&oacute;nica Alcocer, seu filho Nicol&aacute;s Petro e o ministro do Interior, Armando Benedetti. Os nomes foram inclu&iacute;dos na Lista de Nacionais Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas, mantida pelo Office of Foreign Assets Control (OFAC), ag&ecirc;ncia ligada ao Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
A inclus&atilde;o na lista implica o bloqueio de ativos em territ&oacute;rio americano e pro&iacute;be cidad&atilde;os e empresas dos EUA de realizar transa&ccedil;&otilde;es financeiras ou comerciais com os sancionados. A medida representa um forte sinal de endurecimento de Washington com o governo de esquerda colombiano, aliado de regimes como o de Nicol&aacute;s Maduro.
Em publica&ccedil;&atilde;o no X, Petro acusou os EUA de cumprir &ldquo;amea&ccedil;as&rdquo; feitas pelo senador republicano Bernie Moreno.
&ldquo;A amea&ccedil;a de Bernie Moreno se cumpriu: eu, meus filhos e minha esposa fomos inclu&iacute;dos na lista da OFAC. Lutar contra o narcotr&aacute;fico durante d&eacute;cadas me trouxe esta medida por parte do governo da mesma sociedade que tanto ajudamos a conter o consumo de coca&iacute;na&rdquo;, escreveu. &ldquo;Um verdadeiro paradoxo &mdash; mas nem um passo atr&aacute;s, e jamais de joelhos.&rdquo;
As san&ccedil;&otilde;es ocorrem em um contexto de crescente tens&atilde;o diplom&aacute;tica entre Bogot&aacute; e Washington, com cr&iacute;ticas cada vez mais duras do governo americano &agrave;s pol&iacute;ticas internas de Petro e &agrave; sua aproxima&ccedil;&atilde;o com regimes autorit&aacute;rios na Am&eacute;rica Latina.

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O ditador Nicol&aacute;s Maduro fez um apelo p&uacute;blico pela paz na noite de quinta-feira (23), em um discurso transmitido pela TV estatal da Venezuela. Em uma mistura de espanhol e ingl&ecirc;s, Maduro declarou: &ldquo;N&atilde;o &agrave; guerra&hellip; Sim, paz, para sempre&rdquo;, pedindo o fim de um poss&iacute;vel confronto com os Estados Unidos.
Com tom teatral, Maduro disse estar falando em &ldquo;l&iacute;ngua Tarzania&rdquo; &mdash; em refer&ecirc;ncia ao personagem Tarzan &mdash; e concluiu reafirmando: &ldquo;N&atilde;o &agrave; guerra dos loucos, n&atilde;o &agrave; loucura da guerra&rdquo;.
A declara&ccedil;&atilde;o acontece em meio &agrave; intensifica&ccedil;&atilde;o das opera&ccedil;&otilde;es militares dos EUA no Caribe e no Pac&iacute;fico, que, segundo Washington, t&ecirc;m como objetivo atingir redes de narcotr&aacute;fico. Os ataques j&aacute; deixaram ao menos 32 mortos, embora o governo americano n&atilde;o tenha revelado detalhes sobre as supostas cargas de drogas interceptadas.
O presidente Donald Trump tamb&eacute;m reiterou que poder&aacute; autorizar a&ccedil;&otilde;es contra alvos em solo venezuelano &mdash; o que representaria uma escalada no conflito. Maduro, por sua vez, negou qualquer envolvimento com o tr&aacute;fico e classificou os ataques americanos como &ldquo;viola&ccedil;&otilde;es da soberania&rdquo; do pa&iacute;s.
Cr&iacute;ticos observam que o discurso pacifista de Maduro contrasta com as acusa&ccedil;&otilde;es internacionais de que seu regime mant&eacute;m v&iacute;nculos com organiza&ccedil;&otilde;es criminosas e cart&eacute;is de drogas, o que mant&eacute;m a tens&atilde;o elevada entre Caracas e Washington.

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