Pratos típicos de Belém custam até R$ 110 no refeitório da COP30
Evento bancado pelo governo Lula exibe preços incompatíveis com a realidade do brasileiro
Por: Redação
05/11/2025 às 08:06

Foto: Sergio Lima
Os preços exorbitantes cobrados no refeitório da COP30, realizada em Belém (PA), têm gerado críticas e constrangimento entre participantes e visitantes. Um prato típico paraense, como arroz de pato com tucupi ou pirarucu no leite de coco, chega a custar R$ 110, enquanto uma salada vegana sai por R$ 99.
A praça de alimentação está localizada na Zona Verde, área montada pelo governo federal e aberta ao público, onde circulam ONGs, representantes de comunidades tradicionais e militantes ambientais. Apesar do discurso de inclusão e sustentabilidade, os valores praticados nos restaurantes afastam o público local, que tem renda média muito inferior ao custo dos pratos oferecidos.
“Uma salada a R$ 100 e um baião sem carne a R$ 80 mostram o abismo entre o discurso ecológico e a realidade da população”, ironizou um visitante que compartilhou imagens nas redes sociais.
Entre as opções, um filé-mignon com talharim custa R$ 100, e um combo de sushi chega a R$ 139. O restaurante Bob’s, única rede de fast food do local, manteve os preços mais acessíveis — um sanduíche de frango sai por R$ 20, e o combo de cheeseburguer por R$ 45, ainda assim acima da média nacional.
“COP do luxo” e críticas ao governo federal
Nas redes sociais, o evento já vem sendo chamado de “COP do luxo” e “COP gourmet”, em tom de deboche. Internautas lembraram que o presidente Lula e a primeira-dama Janja prometeram uma conferência “do povo”, mas o que se vê é uma estrutura elitizada e desconectada da realidade amazônica.
A crítica ganha força após o episódio do barco de luxo Iana 3, alugado para hospedar Lula e sua comitiva durante o evento — reforçando a percepção de contradição entre o discurso ecológico e o estilo de vida ostentado pelo Planalto.
Custo milionário e exclusão popular
Apesar do alto investimento público na montagem da COP30 e da promessa de gerar “integração social”, os preços dos alimentos mostram que o evento é acessível apenas a uma minoria privilegiada. A população local, que deveria ser protagonista, fica de fora do debate por não conseguir sequer se alimentar dentro do espaço oficial da conferência.
“O governo fala em sustentabilidade, mas promove uma COP inacessível ao cidadão comum. É o retrato da desconexão entre o discurso progressista e a realidade econômica do país”, criticou um analista político.
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