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Relator da anistia descarta perdão a Bolsonaro e defende redução de penas para manifestantes do 8 de Janeiro
Relator da anistia descarta perdão a Bolsonaro e defende redução de penas para manifestantes do 8 de Janeiro
Paulinho da Força avalia que projeto de Crivella é inviável, mas diz estar aberto a negociações com oposição e governo
Por: Redação
18/09/2025 às 22:22

Foto: Divulgação
O deputado federal Paulinho da Força (SD-SP), relator do projeto de anistia aos condenados por tentativa de golpe de Estado, afirmou que a proposta apresentada pelo deputado Marcelo Crivella (Republicanos-RJ), que serviu de base para o regime de urgência aprovado pela Câmara, “não tem condição de ser aplicada”.
Segundo Paulinho, o relatório em construção deve caminhar para a redução de penas dos manifestantes do 8 de Janeiro, mas não incluirá perdão ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos de prisão.
“O projeto cuja urgência foi votada não tinha mais o benefício amplo, geral. Mesmo o perdão proposto por Crivella foi só uma base para a urgência. Ele não tem condição de ser aplicado”, disse o parlamentar ao Metrópoles.
Apesar disso, o relator afirmou que buscará diálogo com lideranças políticas de diferentes espectros. Ele já conversou com o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ); com o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN); e com o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI). Paulinho também relatou ter discutido o tema com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e disse acreditar em chances de votação na Casa caso o relatório siga na linha da redução de penas.
A expectativa é que Paulinho apresente um parecer que agrade ao Centrão e conte com aval do Supremo e do Planalto. Nos bastidores, ministros da Corte e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizam aceitar um texto que alivie a pena dos manifestantes, mas preserve a condenação de Bolsonaro.
O relator ainda deve se reunir com o ex-presidente Michel Temer (MDB), além dos governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Cláudio Castro (PL-RJ). “Temer é um dos melhores juristas do Brasil, quero ver como pode colaborar com o texto”, disse Paulinho, que também afirmou estar disposto a dialogar com o governo federal.
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