Trump deve manter sanções da Lei Magnitsky, apesar de encontro com Lula
Por: Redação
26/10/2025 às 20:41

Foto: Divulgação
Apesar da reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o encontro em Kuala Lumpur não resultou em avanços na questão das sanções impostas a autoridades brasileiras. Fontes da diplomacia brasileira confirmaram que Trump não sinalizou qualquer intenção de rever as medidas aplicadas sob a Lei Magnitsky, que seguem em vigor.
As restrições, que incluem bloqueio de vistos e penalidades financeiras, atingem membros do governo e do Judiciário brasileiro. Entre os alvos está o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seus familiares, sancionados antes do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo suposto envolvimento em tentativa de golpe de Estado.
As sanções foram interpretadas em Brasília como um ato de pressão política da Casa Branca sobre as instituições brasileiras. Washington, por sua vez, justificou as medidas com base na Lei Magnitsky, instrumento que autoriza o governo americano a punir pessoas e entidades acusadas de corrupção, abuso de poder ou violação de direitos humanos — uma legislação que, segundo analistas, tem sido utilizada de forma cada vez mais estratégica no campo diplomático.
Durante o encontro, Trump adotou um tom de conciliação em outros temas e sinalizou abertura para negociar as tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, que classificou como “temporárias” e “equivocadas”.
Ainda assim, o republicano manteve as sanções como instrumento de pressão, deixando claro que o assunto deve ser tratado em uma agenda paralela às discussões comerciais. A avaliação em Brasília é que Trump buscou enviar um sinal diplomático duplo: disposição para diálogo econômico, mas firmeza em questões de governança e direitos humanos.
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