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União Brasil abre processo de expulsão de Celso Sabino, mas ministro segue no governo Lula
União Brasil abre processo de expulsão de Celso Sabino, mas ministro segue no governo Lula
Executiva nacional afasta o titular do Turismo e intervém no diretório do Pará; decisão ocorre após o partido romper oficialmente com o governo federal
Por: Redação
08/10/2025 às 15:33

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
A Executiva Nacional do União Brasil decidiu nesta quarta-feira (8) afastar o ministro do Turismo, Celso Sabino, de todas as suas funções partidárias e abrir um processo de expulsão que será analisado pelo Conselho de Ética da legenda em até 60 dias.
A decisão ocorre em meio ao rompimento oficial do partido com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), anunciado em setembro, e à resistência de Sabino em deixar o ministério a pedido do Planalto.
Medida tem efeito limitado
Apesar da punição interna, Sabino continuará no cargo e poderá até disputar as eleições de 2026 — seja pelo próprio União Brasil, caso seja absolvido, ou por outra legenda.
“Nós estamos a 30 dias da COP30, a maior reunião diplomática do planeta. Não vejo como oportuno interromper o trabalho que vem sendo feito”, disse o ministro, referindo-se ao evento que será realizado em Belém (PA).
Segundo o próprio ministro, ele permanece no governo a pedido de Lula e considera o processo aberto “injusto”.
Conflito com Ronaldo Caiado
A decisão provocou novo embate entre Sabino e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, que chamou a postura do ministro de “imoralidade”. O goiano criticou o aliado por “querer ser soldado de Lula e do União Brasil ao mesmo tempo”, e afirmou que a atitude de Sabino é “um jogo rasteiro” e “uma traição aos princípios da legenda”.
“Um filiado não pode servir a dois senhores: ou está com Lula, ou está com o União Brasil. Essa dubiedade corrói a credibilidade de qualquer partido”, disse Caiado após a reunião.
Em resposta, Sabino ironizou as críticas:
“Quando ele atingir 1,5% nas pesquisas, eu respondo.”
Apoio e articulação interna
Nos bastidores, o ministro relatou ter recebido apoio de mais de 30 congressistas que defenderam sua permanência no cargo pelo menos até a realização da COP30. Ele afirmou que continuará dialogando para tentar sensibilizar o Conselho de Ética e “demonstrar que o momento eleitoral deve ser deixado para o tempo certo”.
O União Brasil, em federação com o Progressistas, anunciou o rompimento com o governo Lula e determinou que todos os filiados deixassem cargos na Esplanada. O partido, no entanto, vem evitando expulsões imediatas, adotando medidas graduais — como o afastamento de Sabino e do ministro André Fufuca (PP-MA), que segue no Ministério do Esporte após apoio declarado ao presidente
Com a saída da base, a federação agora integra formalmente o bloco de oposição no Congresso, somando 109 deputados e 14 senadores.
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