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Sem novos ajustes, rombo crescerá e deve pressionar próximo governo

Sem novos ajustes, rombo crescerá e deve pressionar próximo governo

Aumento acelerado de despesas obrigatórias reduzirá drasticamente o espaço para investimentos e manutenção de serviços básicos, alertam economistas

Por: Redação

11/10/2025 às 16:07

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Foto: VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL

O próximo governo federal, que assumirá em janeiro de 2027, poderá enfrentar um cenário fiscal extremamente apertado, com o orçamento praticamente consumido por despesas obrigatórias, segundo avaliação de especialistas e projeções oficiais. A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026 indica que restará pouco espaço para gastos discricionários — aqueles que o Executivo pode decidir como aplicar — elevando o risco de paralisação de serviços públicos logo no início da próxima gestão.

De acordo com o texto, o valor reservado para despesas discricionárias em 2027 será de R$ 122 bilhões, dos quais cerca de R$ 50 bilhões devem ser destinados ao pagamento de emendas parlamentares. O montante restante, considerado insuficiente para a manutenção da máquina pública, ameaça áreas essenciais como educação, saúde e infraestrutura.

 

Orçamento comprimido e gastos obrigatórios em alta

As despesas obrigatórias, previstas na Constituição, incluem folha de pagamento de servidores, Previdência Social, saúde e educação. Essas rubricas têm crescido rapidamente nos últimos anos, comprimindo cada vez mais o espaço para investimentos e custeios flexíveis.

As despesas discricionárias — responsáveis pelo funcionamento efetivo de escolas, hospitais, universidades, programas sociais e obras públicas — vêm encolhendo de forma contínua. Segundo a equipe econômica, em 2029 o orçamento livre para investimentos poderá cair para apenas R$ 8,9 bilhões, valor considerado insuficiente até para a manutenção mínima de serviços essenciais.

 

Risco de “shutdown” à brasileira

Para analistas, a partir de 2027 o quadro pode se tornar semelhante a um “shutdown” — paralisação parcial de serviços públicos — como ocorre periodicamente nos Estados Unidos quando o Congresso não aprova o orçamento. “Esse nível de compressão orçamentária significa que o governo poderá enfrentar bloqueios logo no início do mandato, com impacto direto sobre serviços básicos”, avalia um economista ouvido pela reportagem.

Esse cenário pressiona qualquer futuro governo, independentemente de sua orientação política, a discutir medidas de ajuste ou reformas estruturais para garantir a sustentabilidade das contas públicas.

 

Debate fiscal no centro da sucessão presidencial

Com eleições presidenciais previstas para 2026, a situação fiscal deve ocupar papel central no debate eleitoral. A falta de espaço para novos investimentos e a necessidade de priorizar gastos obrigatórios limitam a capacidade de execução de políticas públicas e novos programas.

Para especialistas, sem mudanças significativas na estrutura de despesas ou aumento de receitas, a próxima gestão pode ter sua capacidade de governar fortemente comprometida logo nos primeiros meses de mandato.

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