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Milei endurece política de déficit zero e proíbe emissão de dinheiro para cobrir gastos públicos
Milei endurece política de déficit zero e proíbe emissão de dinheiro para cobrir gastos públicos
Presidente argentino anuncia lei que punirá orçamentos deficitários e reforça compromisso com equilíbrio fiscal
Por: Redação
11/08/2025 às 14:14

Foto: Reprodução/Instagram @javiermilei
A Argentina segue como vitrine mundial de políticas econômicas liberais sob a liderança do presidente Javier Milei. Em pronunciamento televisionado, o chefe de Estado anunciou novas medidas para aprofundar sua política de déficit zero, com foco no corte de gastos e no controle rígido da emissão monetária.
Milei informou que, nesta segunda-feira, assinará uma instrução ao Ministério da Economia proibindo o Tesouro Nacional de financiar despesas primárias por meio da emissão de moeda. Além disso, enviará ao Congresso um projeto de lei que estabelecerá uma regra fiscal obrigando o país a operar com equilíbrio ou superávit, prevendo sanções a legisladores e servidores que aprovarem orçamentos deficitários.
As decisões ocorrem após o veto presidencial a propostas de aumento de pensões e de gastos emergenciais para pessoas com deficiência. Segundo Milei, a implementação dessas medidas colocaria em risco as metas fiscais. “Meu trabalho não é parecer bom, é fazer o bem, mesmo se o custo for ser chamado de cruel”, declarou.
Apesar do respaldo de setores favoráveis à austeridade fiscal, as medidas receberam críticas de parte da comunidade econômica. O economista Marcelo Trovatto argumenta que a base monetária dobrou em um ano e que os gastos públicos apenas mudaram de forma, sendo agora canalizados para o pagamento de juros da dívida interna.
Milei, no entanto, mantém o discurso de que a disciplina fiscal é o caminho para recuperar a credibilidade econômica da Argentina e evitar novos ciclos de inflação e instabilidade cambial.
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