Trump autoriza liberação dos arquivos do caso Epstein e aponta ligações com democratas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem determinando a liberação dos documentos sigilosos relacionados ao caso Jeffrey Epstein — financista acusado de comandar uma rede de tráfico sexual de menores. O anúncio foi feito na quarta-feira (19) em sua conta no Truth Social.

Segundo Trump, o Departamento de Justiça já enviou “quase 50 mil páginas” de documentos ao Congresso, conforme aparece no texto da página 2 do arquivo. A medida atende à decisão da Câmara dos Representantes, que aprovou, na véspera, a abertura integral dos materiais e a disponibilização pública dos arquivos.

Em sua publicação, Trump reforçou que Epstein sempre teve relações profundas com o Partido Democrata, destacando que o financista “era democrata por toda a vida, doou milhares de dólares a políticos democratas e tinha vínculos profundos com figuras conhecidas do partido”.

A liberação dos documentos representa uma mudança de postura do próprio governo Trump, que ao reassumir a Casa Branca em janeiro de 2025 havia demonstrado resistência ao tema. Ainda assim, o presidente justificou a decisão afirmando que a ação agora “serve ao interesse público” ao expor conexões políticas antes ignoradas pela grande imprensa.

Câmara exige transparência total

De acordo com a reportagem, a Câmara dos EUA aprovou, na terça-feira (18.nov), a abertura total dos arquivos, exigindo que o governo entregue todo o material e permita acesso público às informações.

A decisão vem em meio a debates intensos sobre a influência de figuras políticas no caso Epstein, especialmente após anos de questionamentos sobre omissões, destruição de evidências e o misterioso suicídio do financista sob custódia federal — tema que já levantou suspeitas entre parlamentares conservadores.

Pressão sobre democratas aumenta

A liberação pode pressionar ainda mais figuras do Partido Democrata, que já enfrentam críticas sobre proximidade com o magnata. Trump, por sua vez, reforça seu discurso de transparência e combate à corrupção, prometendo que seu governo “não protegerá ninguém envolvido em crimes contra crianças, seja quem for”.

A decisão fortalece a imagem de Trump junto à base republicana, especialmente entre eleitores que cobram esclarecimentos sobre redes de abuso sexual, tráfico humano e eventuais participações de políticos influentes — temas frequentemente abafados por setores progressistas da mídia.